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Fase de transição
Nos dois jogos em casa, o Ceará experimenta o delicado período de transição entre a saída de Leandro Campos e a chegada do novo treinador. Isso atrapalha. Síntese: o que seria a soma de seis pontos já se transformou apenas na possibilidade de quatro pontos, caso obtenha a vitória hoje sobre o Figueirense. Ainda bem que, após o jogo de hoje, virá a paralisação do "estadual". Aí haverá mais de 20 dias para o novo técnico estabelecer princípios e metas, filosofia definitiva. Hoje, ainda sob o comando de Dimas, o Ceará recebe o Figueirense. O visitante está bem, na quinta posição. Mira, pois o G-4. Sua vitória mais expressiva foi ter aplicado 4 x 2 no América dentro de Minas Gerais.

Coincidência
No Figueirense dois atletas mais conhecidos: Douglas Silva e Wellington Saci. Este nada tem a ver com o Fábio Saci, que caiu e se contundiu ao comemorar com uma perna só gol que marcara pelo Guarany de Sobral. Mas Wellington também teve seu momento bizarro. Em 2011, no Sport, Wellington Saci também se contundiu assim. Ao comemorar seu gol, Saci pulou as placas de publicidade, mas bateu numa delas e se machucou. Pura coincidência.

Retorno
A favor do Ceará o fato de Ricardinho e Mota retornarem hoje as suas posições. A criatividade ganha espaço com Ricardinho que também é opção para chutes de longa distância e cobranças de falta. Com relação a Mota ficará refeita a dupla de ataque que nos últimos tempos melhor se ajustou em Porangabuçu. Macena até tenta manter o ritmo e é louvável seu esforço para alcançar o nível ideal. Mas é preciso que se entenda: entrosamento exige mais tempo até que seja alcançada a automação. Mota e Magno estão mais próximos disso.

Promoção
Numa inteligente jogada de marketing, o prefeito de Maranguape, Átila Câmara, quer Bechara de volta ao futebol de salão, que foi o seu primeiro esporte. Em 1997 Bechara sagrou-se campeão intermunicipal exatamente vestindo a camisa desse município. O tema da promoção que envolve o craque é dos mais sugestivos: "Ninguém se perde no caminho de volta". Na foto, Bechara quando jogava pelo Odense da Dinamarca.

Recordando. Coronel Afrânio Lima, então presidente da CEAF, e Mário Degésio Cavalcante, quando presidia a Federação Cearense de Futebol. Mário morreu em 2011. Comandou a FCF de 2004 a 2009, tendo nessa entidade exercido também os cargos de diretor de futebol, diretor de competições, secretário geral e vice-presidente. Mário foi também presidente do Gentilândia na décaeda de 1950, time que se sagrou campeão cearense em 1956.

A Taça
O Debate Bola (TV Diário) mostrou com primazia a taça de campeão estadual sub-20 que o Fortaleza ganhou. O técnico Jorge Veras revelou a razão do sucesso das bases do Leão. Destacou o trabalho do diretor de esporte amador, Jairo Vieira, que tem garantido toda a logística necessária ao bom andamento do projeto de formação de valores. Veras garantiu também que boa parte do grupo já está pronta para os futuros desafios no campo profissional.

Time e seleção
Criticam Neymar porque na seleção ele não rende o mesmo que rende no Santos. É normal que isso aconteça. Motivo simples: no Santos há o entrosamento de vários anos; na seleção, o trabalho de poucos dias. Vejam por exemplo a situação de Messi, considerado o melhor jogador do mundo. No Barcelona, Messi dá show de bola, mas na seleção da Argentina jamais Messi mostrou o mesmo futebol que o faz inigualável no Barcelona. Dá para entender? Dá.

"Inglaterra, França, Itália, todas essas grandes seleções colocam nove jogadores atrás da linha da bola, quando enfrentam o Brasil. Jogam no nosso erro".
Luiz Felipe Scolari
Técnico da Seleção Brasileira