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Só Deus sabe...
Pela oitava vez um time do interior chega à final do campeonato cearense: seis com o Icasa e uma com o Guarani/J. Mas jamais o título deixou de ficar com um clube da capital. Durante muitos anos o título só era decidido no PV ou Castelão, pondo em vantagem o time da capital. As mudanças recentes geraram equilíbrio. Agora, se o time do interior tiver melhor campanha, já poderá decidir em casa. Não é o caso do Guarany/S no momento. A maioria dos cronistas não acredita que o Ceará perca o título, já pela vantagem de dois resultados iguais, além de jogar a última em casa. Mas as surpresas no futebol existem. O Guarany ganhou todas do Ceará este ano. Se quebrará o tabu, só Deus sabe...

Ausência
É agradável conversar com o zagueiro Rafael Vaz. Ele esteve no Debate Bola (TV Diário). Para Rafael, não há favorito nesta decisão. Até lembrou as recentes vitórias do Bugre sobre o Ceará. Lamentou a ausência de João Marcos e Diogo Orlando, embora haja no elenco substitutos à altura. Questão é, com as mudanças, manter o entrosamento.

Futuro
Nada de desespero no Pici. Protesto ordeiro da torcida, tudo bem. Faz parte. A fase é de recomposição de elenco para a meta maior: subir para a Série B. O Fortaleza tem ainda a seu favor a disputa na Copa do Brasil. Se passar pelo Confiança, ganha fôlego e abre perspectiva de melhor faturamento. Dará, sim, para contornar a situação.

Dormente
Se o Guarany pretende mesmo ser campeão cearense este ano, o técnico Argeu dos Santos terá de repensar a postura da equipe para os jogos diante do alvinegro. Correta será a que foi aplicada na recente vitória sobre o Ceará no Junco. O comportamento do time em Juazeiro foi pusilânime. O Bugre sofreu um apagão no segundo tempo. Aceitou o Icasa, tomou 4 a 1 e poderia ter tomado seis gols ou mais, não fora a sequência de milagres do goleiro Eliardo. Time que quer ser campeão não pode ser dormente como foi o Bugre no Romeirão.

Recordando. Década de 1950. Juarez e Moésio Gomes na Seleção Cearense. Não sei onde anda Juarez. Moésio Gomes foi ídolo do Fortaleza e do futebol cearense. Um craque. Brilhou também como técnico. Embora de família tricolor, Moésio, como treinador, ganhou o primeiro tetra para Ceará.

Arbitragem
Almeida Filho, nos dois recentes clássicos Ceará x Fortaleza que apitou, foi muito bem. Decisões precisas, inclusive nos lances difíceis como os que resultaram em pênalti. No jogo de domingo passado, seu único senão foi segurar demais os cartões no início. Poderia ter complicado. Mas saiu-se melhor que muitos “Fifa” que apitaram aqui.

Frustração
Agora que o certame chega à fase final, faço um balanço e observo que São Benedito e Maracanã, eliminados este ano, cometeram grave erro de avaliação. Ficaram na estrutura da segundona e, quando despertaram, foi tarde demais. Esperei muito das duas equipes, que tiveram subida brilhante para a Série A cearense, mas negligenciaram. Lamentável.

"O resultado veio. Estou feliz. Jogo de decisão é sempre muito difícil, independente da vantagem ou da situação do adversário”.
Douglas
Zagueiro do Ceará (após a vitória sobre o Fortaleza e falando sobre a fase final diante do Guarany/S)