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A lógica do futebol
O Ceará entrou com a vaga na mão diante do Fortaleza. E a manteve sem dificuldade. Mais ainda quando Jackson Silva fez desnecessário pênalti em Vicente. Magno converteu (1 a 0). O Leão reagiu, criou três chances, mas as desperdiçou com Jailson, Edson e Assis. Tricolor equilibrou, mas, como nos jogos anteriores, outra vez pecou nas finalizações. Numa subida, Vicente ampliou (2 x 0). Nem o gol de Jailson, de pênalti (2 x 1), tirou a tranquilidade alvinegra, que fez 3 a 1 com Mota. Deu a lógica.

Destaque. O nome do clássico foi Vicente, pelo brio, pelo empenho, pelo gol, pelos passes, por tudo. Nem parecia que o Ceará estava com resultado assegurado. Jogou como se fosse uma decisão e como se o Ceará não tivesse a vantagem que tinha. Belo exemplo.

Dignidade
O Fortaleza lutou, quis. Isso foi bonito no Leão. Mas a bobagem de Assisinho, expulso, acabou com a chance de empate. A entrada de Jussimar e Romarinho, pelas circunstâncias, não poderia mudar muita coisa. E realmente não mudou.

Contrastes
No Ceará, Ricardinho, Magno Alves e Mota criaram momentos de rara beleza. Espécie de sinfonia. Destoando disso, os cartões tomados por Diogo Orlando e João Marcos (expulso). Cartões desnecessários. Foram os senões.

"Esperamos que todos os times do Interior, até o Icasa que também é do Interior, torçam por nós na decisão com o Ceará".
Júnior Cearense
Meia do Guarany (após garantir a vaga)

Apagão
O Guarany teve tudo para ganhar a vaga de forma tranquila, tal como fez o Ceará. O Bugre até marcou um gol (Luiz Carlos) e tinha o controle da situação. Mas, de repente, um apagão tomou conta do time de Sobral. Quase "dançou".

Sofreguidão
Faltou pouco para o Icasa fazer o quinto gol que lhe garantiria a vaga. No Guará, Marcinho e Júnior Alves, em momentos, pareciam desesperados. Sofreguidão total. Bugre recuou todo, só deixando na frente Luiz Carlos. Uma loucura.

Consolidação
Para quem ainda tinha dúvida sobre o bom relacionamento de Magno e Mota, os últimos jogos aclararam tudo: os dois estão ajustados nos passes, gols e gentilezas. Alcançaram a tão desejada sintonia fina.

Observações
O público só voltará aos estádios no clássico maior quando tiver certeza de que a violência é coisa do passado. /// O Gol mais bonito da rodada foi o de Juninho Potiguar (2º do Icasa) no Guarany. Golaço!