O primeiro tempo
Ouvi atentamente declarações de vários jogadores do Ceará a respeito do jogo de hoje diante do Tiradentes. Interessante: a maioria se referiu ao trabalho que o adversário deu aos alvinegros no jogo de ida, mas apenas no primeiro tempo. Na fase final, o Tigre virou gatinho manhoso, inofensivo e padeceu goleada: 0 x 4. Terá sido uma exceção aquele segundo tempo? Pela própria expressão dos atletas, creio que sim. Bom, passou. Todos esperam agora um Tiradentes bravo nos dois tempos. E a boa campanha do Tigre autoriza expectativa assim.
Dois gols
Lulinha vem numa crescente. Já na vitória anterior sobre o Tiradentes, ele marcou dois gols na goleada por 4 a 0 para o Ceará. O Lula tem todos os motivos para repetir suas recentes e boas apresentações.
Zerar cartão
Esta questão de limpar cartão amarelo é justa, embora pareça manobra ilícita. Não raro, a soma dos dois cartões embute um injusto, indevido, aplicado pela arbitragem. O Ceará, que está com a zaga pendurada, tem todo o direito de limpá-la, sim.
Formação
É consenso: no Tigre há gente de qualidade. Fazem parte Fábio Lima, Bambu, João Neto, Manoelzinho, Ribamar, Dico... Mas esse grupo, apesar de bom, vacilou diante dos chamados grandes. Taí mais uma chance para tentar se impor.
"Voltei ao ritmo. E quero ajudar. O Tiradentes tem qualidade. O primeiro tempo no jogo de ida foi difícil. Agora é ter tranquilidade".
Diego Orlando
Volante do Ceará
Oscilação
Sou fã incondicional do futebol de toques do Barcelona. Bonito, lembra os grandes times brasileiros: Santos de Pelé, Botafogo de Garrincha, Cruzeiro de Tostão... Mas a goleada sofrida diante do Bayern de Munique dá sinais de que a duradoura fase de seis anos de triunfos pode ser o sinal de uma decadência que se aproxima. É a vida.
Notas & notas
Hoje muda de idade meu querido amigo, médico Trajano de Almeida Filho. Exemplo de profissional e de ser humano, no melhor sentido cristão. Parabéns. ///O desportista Vanderley Coelho Viana, torcedor do Leão, comemora 40 anos de Fiec. /// Em Joatama, Gabriela Queiroz, princesa das embaixadas, aniversaria. Seu recorde segue intacto.
Futebol/Ecologia
Não consigo aceitar o nome fuleco dado ao mascote da Copa no Brasil. Vi o Ronaldão divulgando-o na Europa. Acho o nome feio. Disse na época, repito agora: certo teria sido chamá-lo mesmo de tatu-bola. Aí, sim, beleza. Alegam que fuleco é a junção de futebol e ecologia. Tudo bem: mas o resultado parece mais com fuleiragem. Não gostei.
Recordando. Ontem, lembrei a equipe da Ceará Rádio Clube na década de 1970. O chefe da equipe era Halmalo Silva, ótimo narrador que tinha vindo da Rádio Tupi do Rio. Eu fui levado para lá por iniciativa dele e formei ao lado dos Wilson Machado e Chico Gadelha. Anos depois, chegou Guilherme Pinho. Destino: Halmalo mora no Rio de Janeiro. Há alguns anos bati um papo com ele pelo telefone. Está aposentado, mas presta assessorias. Chico Gadelha cresceu na Rede Tupi. Chegou a ser diretor da emissora. Foi vitorioso advogado, promotor em várias comarcas e hoje é procurador de Justiça. Guilherme Pinho lamentavelmente foi vítima de brutal assassinato. No batente, no rádio e TV, somente eu continuo. E com saudades dos velhos amigos.