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Ascensão na reta final

O progresso de uma equipe torna-se mais consistente quando a marcha ascensional acontece na reta final da disputa. É o caso do Ceará. Ainda falta muito para o que costumo chamar de sintonia fina, mas é visível o avanço de produção. Lulinha, Magno Alves e Mota ganharam escalação pela qualidade da obra. Quem mexeria no trio? Pode até acontecer por uma variação tática, mas a explicação para a torcida terá de ser bem feita. Observem que o próprio Mota não gostou de ser substituído no clássico maior. E muita gente ficou com ele. Há o time do técnico, o time do elenco e o time da galera. Quando coincidem, indicam que o acerto final anda próximo.

Força do Cariri

Desabafo do Diá, do Icasa, merece reflexão. Diz que agora entende a razão por que não houve até hoje em campo um campeão cearense vindo do interior. Cita a arbitragem. Essa questão é sempre levantada quando o Icasa chega à decisão. Numa, esteve com o título na mão a poucos minuto do fim. Aí perdeu sem influência da arbitragem.

Dispositivo

Todo regulamento de campeonato deveria dispor de instrumento segundo o qual o jogo que não mais a ninguém interessasse estaria automaticamente cancelado. Evitaria prejuízo como o do Ferroviário que terá de ir ao Romeirão enfrentar o Guarani, quando ambos a nada mais aspiram. Para efeito de ranking, seria aplicado 0 x 0.

Assim é demais

O número de gols que o Fortaleza vem perdendo é algo assustador. Ontem, o PC Norões fez aqui essa observação. Hoje, reforço o mote com base no que disse o zagueiro Ronaldo Angelim. Ele, instado pelo repórter no intervalo em Sobral, admitiu que o técnico Hélio dos Anjos deveria estar na bronca. E quem não ficaria na bronca, vendo o rosários de gols perdidos diante do Luziânia e do Guarany? Os próximos desafios não comportarão esse elevado índice de imprecisão, sob pena de comprometer o projeto tricolor. Perder gols tem limite. Assim é demais, gente.

Título na mão

Certa feita, Flávio Araújo, então técnico do Icasa, disse que o Verdão só seria campeão se algum dia o jogo final fosse no Romeirão. Por ironia, foi no Castelão onde teve o título na mão até 44 minutos do segundo tempo. Mas Flávio errou a quatro minutos do fim ao tirar Alcimar, seu notável atacante. Aí o Leão colocou Clodoaldo, que fez os gols do título.

Aquele abraço! Em 2012 alguém, de mente maldosa, levantou a hipótese de ciumeira entre Mota e Magno Alves. Os fatos desmentem. O abraço na hora do gol é um exemplo. E no jogo anterior, quando Mota foi substituído e não gostou, foi com Magno que desabafou logo que este se sentou ao seu lado. Os dois estão numa ótima fase.

Valeu, amigos!

Nessa minha convalescença, meus colegas seguraram firmes. PC Norões cuidou desse espaço, com muita competência. PC alcançou etapa profissional de elevado senso. /// O Sérgio Pinheiro, com seu jeitão, cobriu o horário no Bel. /// Kaio Cézar segurou com desenvoltura o Debate Bola. /// Na Verdinha, a bela voz do Evandro Nogueira falou mais alto. Obrigado.

´´Em Sobral a defesa provou que está bem. O Guarany é qualificado e tem forte poder de finalização com Luiz Carlos e Maciel. Mas nós soubemos segurar".

Ciro Sena
Zagueiro do Fortaleza