Sem cartilha pronta
Do dia 17 de março (data do primeiro clássico) até hoje, quase nada mudou nas formações de Fortaleza e Ceará, times que jogam logo mais no Castelão. Faço previsão: certamente não será tão amarrado quanto o anterior, quando Dimas colocou João Marcos, Diego Orlando e Eusébio. Hélio dos Anjos não é de jogar atrás. Claro que terá precauções, máxime porque sabe do potencial de Magno e Mota. Mas creio que ousará um pouco mais, mormente para não deixar Assisinho sem a devida assistência. Teoricamente pouca coisa mudou. Mas clássico não tem cartilha pronta.
A diferença
Assisinho é, no momento, o melhor jogador do futebol cearense. No clássico passado, recebeu marcação forte e teve dificuldade para dela se sair. Desafio hoje: mostrar que tem talento para não ficar preso ao bloqueio, caso o Ceará repita o mote.
Modelo
Em Goiás, Hélio dos Anjos usou três zagueiros. E, na meia-cancha, Edson Sousa, Jackson Silva, Esley, Lúcio e Marinho Donizete. Quando mexeu, fez entrar Jackson Caucaia, que é meia, no lugar de Lúcio, que também é meia. Setor povoado. Não deve mudar muito o modelo.
Lição
Os três gols tomados pelo Ceará diante do Ceilândia deixaram sobressaltado Leandro Campos. Lição: nem mesmo quando o placar está elástico se pode poupar os melhores. O susto deve fazê-lo manter hoje o time de antes das modificações.
"Quando fiz as mudanças que complicaram o Ceará diante do Ceilândia, pensei em preservar titulares para o clássico".
Leandro Campos
Técnico do Ceará
Arbitragem
Queira Deus o trio de hoje tenha atuação semelhante ao que apitou o clássico no jogo de ida. Ali, Almeida Filho (árbitro) e os assistentes Arnaldo Souza e Mardônio Ribeiro deram um show. Almeida Filho estava tão convicto do êxito de sua missão que, após apito final, vibrou muito, assim como fazem os atletas após a marcação de um gol.
Público
Público de 18.173 torcedores viu o clássico anterior (Ceará 2 a 0, gols de Rafael Vaz e Magno Alves). Número tão pequeno que não representou sequer a terça parte da capacidade do Castelão. Se os preços dos ingressos fossem populares, certamente teríamos um Castelão superlotado. Pena que os dirigentes ainda não entenderam isso.
Definição
Magno Alves deixou a marca de seu talento na rede tricolor no clássico passado. Ele está passando por boa fase, ora servindo companheiros, ora ele mesmo fazendo a conclusão. Magno sempre é motivo de preocupação para as defesas adversárias. Ele conhece bem o futebol de Fabrício e de Ronaldo Angelim. Só não enfrentou Charles. Magno é homem de definição.