Campeão do interior
Desafio continua: qual time do interior será o primeiro campeão cearense em campo? Mais uma vez o Icasa mostra-se em condições de surpreender. O Verdão (18 pontos) está líder com três a mais que o Fortaleza (15), vice-líder. Mas o Icasa terá de quebrar um complexo que o tem acompanhado: sempre sucumbir na final. Foi assim em seis oportunidades: 1993, 1995, 1999 (com o nome de Juazeiro), 2005, 2007 e 2008. Agora o Verdão traz nova proposta com o vitorioso técnico Francisco Diá. Ainda há longo caminho a seguir, mas as perspectivas são otimistas. Parodiando o próprio Diá, o time tem crescido de produção justo quando se aproximam os últimos capítulos.
Pressão
Ricardinho é o mais lúcido e criativo jogador do Ceará. /// Lulinha precisa ser mais regular, pois ora dá show e ora se desliga do jogo. /// Fernando Henrique voltou aos velhos tempos, com defesas difíceis e arrojadas. "Vai que é tua, Fernandão". /// Mota tem de lutar para responder logo com produção aguda e permanente. Está em dívida.
Consequências
As duas seguidas vitórias do Guarani/J sobre o Fortaleza geraram situações diferentes. Colocaram o técnico Play Freitas numa posição privilegiada em importância e prestígio. E deixaram o técnico Hélio dos Anjos numa posição de desconforto, obrigando-o a resposta imediata já na próxima partida. Vem cobrança.
Imaginário popular
Pela atual composição do G-4, há equilíbrio entre capital e interior. Icasa e Guarany/S nos extremos (1º e 4º) e Fortaleza e Ceará nos meios. A surpresa é o Guarany que vem de período de transição e já se revela com combustível para voos mais elevados. O Bugre sobralense ocupa espaço que, segundo a previsão de especialistas, seria do Ferroviário e/ou do Horizonte, já pela ótima campanha que ambos tiveram na fase classificatória. Mas, pela tradição, Fortaleza e Ceará permanecem no imaginário popular como os prováveis finalistas.
Subida do Bugre
O técnico Argeu dos Santos está sendo o grande responsável pela reação do Guarany de Sobral. Já colocou o time no G-4 e tem objetivos mais ousados. Argeu também contou com os bons fluídos da chegada do atacante Luís Carlos, que marcou vários gols, e do ótimo momento de Maciel, que alcançou a marca de 12 gols, vice-artilheiro do certame.
Recordando
1994. Guarany de Sobral. A partir da esquerda (em pé): técnico Ramon, Claudecir, Biriba, Fernando, Joãozinho, Damião, Marcelino e Rosaldo. Na mesma ordem (agachados): Barrote, Osmany, Aloísio, Marquinhos Capivara e Valdir. (Do livro de Firmino Dias Lopes sobre a história do futebol sobralense.
Notas & notas
Calvino, o mais antigo funcionário da OAB-CE, aniversaria hoje, alvo de justas homenagens. Parabéns. /// Carlos Normando lança manhã, 19h30, no Teatro Celina Queiroz na Unifor o documentário "Aerodi- nâmicos", a saga de um caminhoneiro, um mecânico e um eletricista que em Limoei- ro construíram mais um avião.
"O futebol brasileiro está carente de camisa 10, ou seja, do homem que distribuiu, que organiza o time e as jogadas. Aqui acontece a mesma coisa"
Bechara
Ex-jogador, agora comentarista