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Passou no teste

A maior expectativa da torcida coral era saber como se comportaria o time diante do Fortaleza e do Ceará, pois diante dos demais já tinha visto. Minha avaliação é simples: o Ferroviário foi aprovado. Mas como, se perdeu o jogo? Resposta simples: não me prendo ao resultado, mas ao desempenho. Ora, a estrutura do Fortaleza é maior. O Leão é mais experiente e vinha enfrentando grandes times do Nordeste. Mais preparado, pois. Já o Ferrão, time bem jovem, ainda em maturação, mostrou firmeza e personalidade. Poderia até ter empatado. Portanto, levando em consideração essas diferenças, afirmo com convicção: o Ferroviário passou no teste.

Diminutivo

O Icasa, com seus diminutivos (Rafinha, Chapinha, Romarinho, Juninho), jamais passa a ideia de pequenez. Esses caras sabem jogar futebol. O que complica o Verdão é a falta de continuidade na subida de padrão de jogo para jogo. Talvez seja isso um incômodo permanente para o técnico Francisco Diá.

A dupla

No Ceará observa-se a luta para dar ao ataque melhor poder de fogo. O ideal seria ter em plena forma Magno Alves e Mota. Magno vem melhorando, mas pode render mais. A ausência de Mota prejudica a automação. Anselmo busca afirmação. Pingo, como disse, entrou bem. Mas o Vozão precisa de algo mais definido na frente.

Reviravoltas

O Guarany de Sobral veio ao PV e ganhou, de virada, do Ceará (1 x 2). O Icasa foi a Sobral e ganhou do Guarany dentro do Junco (0 x 1). Hoje, o Icasa recebe o Ceará no Romeirão. Imprevisível. Vozão tem o retorno de Magno Alves. Pingo entrou bem no jogo passado. Lulinha, em alta, deu show na vitória sobre o Tigre. O Verdão, nas mãos de Francisco Diá, é capaz de tudo, de um jogo para o outro vai do apagão à luminosidade ou, numa fração de segundos, altera tudo. Com jogadores de nomes esquisitos, como Naylhor e Heuchayer, Diá opera milagres.

Intimidade

Esley, jogador de ótima qualidade. Sou admirador do seu jeito de jogar. Há época em que ele até passa distante dos cartões. Mas não raro vem a recaída. A intimidade dele com amarelos e vermelhos é assustadora. Ainda bem, para compensar, Esley tem igualmente intimidade com a bola. Mas se cuidasse de apenas jogar, seria muito melhor.

Recordando. 1995. Alvinegros e tricolores abraçados. Sérgio Alves, ídolo do Ceará, e Serrinha, ótimo atacante que brilhou no Fortaleza, foi descoberto nos campos dos subúrbios da cidade. Sérgio Alves hoje é treinador de futebol. Dele a revelação de vários jogadores que estão agora no elenco de profissionais do Ceará. (Colaboração de Elcias Ferreira).

Prejuízo

Vicente, que já tinha amarelo, foi expulso porque tirou a camisa ao comemorar seu gol no Tigre. Prejuízo para o Ceará: fica fora hoje contra o Icasa. Se ele queria fazer homenagens mostrando fotos e frases impressas na camisa interior, bastaria ter levantado a camisa alvinegra, embora certas inscrições também sejam proibidas. Pega a lição, Vicente.

´´A torcida viu o nosso esforço, tentando virar o jogo diante do Fortaleza. Eles compreenderam a situação e por isso aceitaram o resultado, embora com a derrota".

Foguinho
Meia do Ferroviário, elogiando o comportamento da torcida