Contagem regressiva
Faltam oito dias para começar o Campeonato Cearense. Pela primeira vez sem a presença inicial de Ceará e Fortaleza, que só estrearão numa etapa posterior. Observo a redução dos “estaduais”. As vozes que pregam a extinção desse tipo de certame ganham força. Alegam ser competição deficitária. Enfim, desnecessária diante dos pomposos Campeonato Brasileiro, Campeonato do Nordeste e Copa do Brasil. Mesmo contra a vontade dos “pregoeiros do pessimismo”, aí está o Campeonato Cearense. Resiste. Segue. Contagem regressiva. Espero com expectativa porque sou defensor dos “estaduais”. Fortalecê-lo é compromisso. Extingui-lo será amputar a história.
Goleiro
Se todo grande time começa por um bom goleiro, o Fortaleza tem João Carlos. Ele vinha fazendo ótima temporada, mas uma contusão o tirou de cena. Perdeu a posição para Lopes. Agora, outra vez em forma, João Carlos tem méritos para dar sequência ao belo trabalho que foi interrompido por fator alheio à sua vontade.
Identificação
É histórico: o Ferroviário, desde a década de 1960, há se dado bem com atletas vindos do Maranhão. Para 2013, estão vindo Ted e Vagno Pereira. Lembro quando os corais, na década de 1960, contrataram quase o time inteiro do Sampaio Correa. É dessa época o ponta Sabará, que, ao deixar o clube, colocou na geladeira uma “lembrança” inusitada.
Desfazendo brumas
Estes primeiros momentos de atividade no Ceará, além da ação dos clubes médios que já estavam em atividade há algumas semanas, servem para desfazer as brumas. Gradualmente se tem ideia do que cada equipe mostrará no em janeiro aproximo. A rigor, nenhuma contratação de impacto. Talvez, por mais paradoxal que pareça, seja mesmo melhor assim. Nos últimos anos, as contratações de impacto não fizeram diferença. Prosperaram os times que optaram por critérios técnicos. A lição inibiu as contratações bombásticas. E muito caras.
Recordando. Década de 1970. Olha aí o Renato Aragão no Riachuelo. A partir da esquerda (em pé): Armando, Chiquinho, Waldemar, Marcelo e Agapito. Na mesma ordem; Jorge Costa, Lucinho, Fagner, Renato Aragão, Bauer e Geraldo. (Colaboração de Waldemar Borges (Praia de Iracema).
Responsabilidade
O trio de ferro ficou na história do Ceará: Michel, Heleno e João Marcos. “Foi bom enquanto durou”. Restou apenas João Marcos (foto) que continuará em Porangabuçu. João é eficiente, discreto. Dele a responsabilidade de, com os novos integrantes da meia-cancha, dar sequência ao que seus dois ex-companheiros fizeram. E muito bem.
Confiança
Nas vezes em que assumiu no Fortaleza a função de diretor de futebol, Renan Vieira ganhou o título estadual. Ele, que é modesto, qualificou isso de coincidência. Mas, para seus pares, houve uma conjugação: coincidência e competência. Verdade é que Renan conhece muito futebol. Se assim não fosse, não teria conquistado títulos tão importantes.
Nossa pretensão é chegar entre os seis primeiros. Estamos em busca do nosso espaço. Queremos permanecer na elite do futebol cearense em 2014”.
Erasmo Forte
Técnico do Maracanã