Glórias passageirasOs encantos de uma conquista, numa festa apoteótica, trazem a ilusão de glória permanente. Vendo a comemoração de Guerrero, autor do gol que garantiu ao Corinthians o título mundial, lembrei de Adriano Gabiru. Sim, aquele atacante do Internacional que fez o gol do título mundial colorado em 2006, na vitória por 1 a 0 sobre o poderoso Barcelona. Não faz muito, Gabiru estava desempregado, em busca de oportunidade. O herói do Internacional e campeão brasileiro da Série A pelo Atlético/PR compreendeu quão rápidas e fugazes são as glórias do futebol.
O passe. O cearense Iarley foi quem deu o passe perfeito para Gabiru marcar gol do título mundial do Inter. Dois anos depois desse fato, em 2008, Iarley ficou decepcionado, pois, sem ser consultado, o Inter o liberou para o Goiás.
Realidade
Este ano, após um período desempregado, Gabiru foi contratado pelo CSA de Alagoas e depois pelo Guarany de Bagé. Mas não escondeu as desilusões que vieram após o título mundial. O atleta não pode nem deve deixar de lado a realidade da vida.
Conclusão
As glórias efêmeras devem ser aproveitadas no momento em que ocorrem. Bobos os que se deixam levar pela sensação de eternidade nos feitos esportivos. Até mesmo os grandes ídolos sentem quando voltam a ser meros mortais.
´´Em 2005, cheguei adolescente ao Fortaleza em busca do sonho de criança. Cumpri a missão. Saio agora em busca de novos ares".
Leandro
Ex-volante do Leão
Benefício
Correta a portaria que autorizou a Previdência Social a pagar benefício especial aos jogadores campeões do mundo pela Seleção Brasileira de 1958, 1962 e 1970. Auxílio mensal pelo teto contemplará jogadores sem recursos ou com recursos limitados.
Sem dinheiro
Em 1958, 1962 e 1970, os jogadores não ganhavam as fábulas de dinheiro que correm hoje no futebol. Com o avanço da idade, boa parte dos campeões passou a enfrentar apertos. É justo o socorro do governo aos que construíram a grandeza do nosso futebol.
Transição
Neste período de Natal e festa de Ano Novo, o futebol vive a fase de transição. Há apenas o registro de contratações dentro do patamar esperado e algumas providências administrativas tomadas pelos clubes. Não é fácil escrever sobre futebol quando a fase é de recesso.
Contraste
A velocidade que fez o Castelão ser o primeiro estádio pronto para a Copa contrasta com a morosidade das obras de mobilidade urbana. No primeiro caso, Fórmula 1; no segundo caso, tartaruga. Dolorosa e vexatória a corrida contra o tempo.
Recordando. Ceará Sporting Club. Década de 1990. A partir da esquerda: Jaime, Rômulo, Airton, Victor Hugo, Chico, Giordano, Bigode e Valdo. Na mesma ordem: Ibernon Montero, Pintinho, Sérgio Alves, Márcio Alan, Damião, Ronaldo Salviano e Fernando César.
(Colaboração de Jurandy Neves de Almeida, do Montese).