Penúltima batalha
Conseguirá o Icasa, com todos os percalços, dobrar hoje o Oeste, seu último adversário na caminhada ao título nacional da Série C? Resposta simples: do jeito que o grupo está, unido pelo ideal e pelos melhores sentimentos da alma humana, não duvidem da conquista. O Verdão não é, como muitos pensam, apenas produto da vontade interior. Tem também valores técnicos. Turatto vive momento excepcional. Elanardo, desde que lá chegou, equilibrou a meia-cancha. Carlinhos, pela versatilidade, quer na ala, quer no meio, faz bem a parte que lhe toca. Na frente, Niel e Canga. Citei apenas alguns, mas a força do Icasa decorre da harmonia de todo o grupo.
Valor de cada um
Quando estava no Ceará, Iarley não caiu nas graças de Vagner Mancini. Terminou indo embora porque considerado velho. Ei-lo campeão brasileiro da Série B pelo Goiás. Não serviu para o Ceará; serviu para o Goiás. Iarley foi vítima do "complexo geriátrico" que alguns treinadores têm. O cearense Iarley deu a volta por cima.
Desfeita
Há resistência quando o tema é entregar a Canarinho a um técnico estrangeiro, ainda que Guardiola. Uma desfeita à alma pentacampeã do mundo. Guardadas as proporções, seria Dilma chamar o Rei Juan Carlo de Espanha para dar pitaco aqui. Se técnico de fora, vejo que o sentimento da maioria ainda é o de quem levou uma bofetada no orgulho nacional.
Força do Oeste
Vi o Oeste nos dois jogos diante do Fortaleza. Marcação forte tanto em Itápolis quanto no PV. O zagueiro Dezinho comanda atrás. É o Turatto de lá. Outro bom no combate é Ligger. Paulo Victor bate até nas sombras. É incrível. No mais, quem joga muito é Dionísio. O Oeste é sereno, toca a bola quando necessário e quando quer inibir a pressão do concorrente. A despeito das boas referências do Oeste, vejo o Icasa em condições de aprontar mais uma. Basta encarar o Oeste como o Oeste é: nada de superpotência. Só não pode nem deve o menosprezar.
Agora é com ele
A partir de amanhã, o querido Paulo César Norões, profissional sensato, competente, assumirá durante 15 dias este espaço. Estarei de férias. PC consolidou seu nome na televisão, rádio e jornal (já assina a coluna aos domingos), graças a intervenções coerentes, isentas, justo no que ele mais gosta de fazer: cobrir futebol. Ao PC, meu antecipado agradecimento.
Recordando
Década de 1960. O ponta-esquerda Marco Aurélio no auge no Ceará, onde foi tricampeão estadual em 1961/62/63 ao lado do ídolo Gildo. Aliás, os dois também brilharam no América de São José do Rio Preto/SP. Após pendurar as chuteiras, Marco Aurélio passou a ser professor. Hoje está aposentado. E, graças a Deus, muito bem.
Selecionadas
Técnicos campeões do mundo pelo Brasil não lograram êxito quando voltaram ao cargo em Copas seguintes: Feola (campeão, 1958) foi 11º na Copa 1966; Zagallo (campeão, 1970), 4º na Copa 1974 e 2º na Copa 1998; Parreira (campeão em 1994) 5º na Copa 2006. (Dados de Airton Fontenele). Agora querem trazer de volta o Felipão...
"Amo essa torcida, amo correr aqui e isso me emociona muito. Nunca tinha chorado desse jeito. Desculpa pelo que aconteceu, mas foi de coração".
Felipe Massa
Piloto de F-1, explicando a razão pela qual chorou muito no pódio após o GP do Brasil.