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Palavra do presidente

Admiro o trabalho do presidente do Fortaleza, Osmar Baquit. Sei como, num momento de crise, ele recebeu o clube. Passou, de forma gradual, a organizá-lo. Hoje o Fortaleza está com suas contas rigorosamente em dia. Ultrapassou a marca de quatro mil sócios adimplentes. Montou o time que mais pontos fez na Série C deste ano. Não subiu para a B, é verdade, em vista de um modelo mata-mata que nem sempre premia o melhor. Mas isso não reduz o elevado significado do que foi feito. Vem agora, em dezembro, a eleição para a renovação de poderes no Leão. Os tricolores isentos saberão dimensionar o que representa Baquit para o clube. E tudo o mais de bom virá por acréscimo.

Caminho

Não sou contra o que se convencionou chamar de técnico emergente. Caso de Ricardinho. Se ele revela potencial, que se lhe dê a chance. Se assim não for, como aconteceria a necessária renovação. Há o momento certo para o natural processo de mudança. Se não der certo, o caminho dele será o de tantos outros. Ricardinho sabe disso.

Exemplo

No Fortaleza, há alguns anos, tivemos caso parecido. O então auxiliar Silas começou no Leão, quando o titular Zetti deixou o cargo. Muitos foram contra, alegando ser ele neófito. Não demorou, Silas mostrou talento excepcional neste mister, indo brilhar, como brilhou, em grandes times nacionais. Basta citar dois: Grêmio e Flamengo.

Equívoco

Há desportistas que cometem grave deslize quando avaliam uma gestão pela conquista ou não do título. A obrigação é levar o time à decisão ou então à partida que define a ascensão. Fase "mata" ou mata-mata é porta escancarada ao imponderável. A história mostra que times fantásticas perderam títulos mundiais diante de equipes de menor expressão: o Brasil de Zizinho em 1950; a Hungria de Puskas em 1954; a Holanda de Cruijff em 1974. Portanto, vejam o Fortaleza como um todo e não apenas pelo que não obteve sucesso diante do Oeste.

Recordando

Década de 1970. Lateral-esquerdo Ricardo Fogueira na época em que brilhou no Ceará. Ricardo também teve boa passagem pelo Ferroviário. O narrador da Rádio Assunção, Messias Alencar, era muito amigo dele. Hoje, não sei exatamente o destino desse ex-jogador, mas parece que mora em São Paulo. (Acervo de Elcias Ferreira).

Aposta. O time sub-20 do Ferroviário foi motivo de comemorações pelo bom desempenho este ano. O dirigente coral, Chateaubriand Filho, esteve no Debate Bola (TV Diário) e afirmou que aposta nesse grupo jovem. Ele acrescentou que, com os cinco reforços já chegados, a mescla dará ao Ferrão o equilíbrio necessário para as grandes disputas.

´´Tenho contato com o técnico Ricardinho diariamente. As conversas dizem respeito a contratações e dispensas. Ele chegará no dia 26. E logo iniciará o trabalho".

Robinson de Castro
Vice-presidente do Ceará

Selecionadas

Mano, nomeado por Teixeira (24.07.2010), passou dois anos e quatro meses (23.11.2012). Quando estava chegando ao time ideal, foi demitido. Chamou 102 atletas. Usou 82 em 40 jogos (seleções principal e olímpica). Perdeu a Copa América (2011) e a Olimpíada (2012). Foi bi do superclássico das Américas (2011/12). (Dados de Airton Fontenele).