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Penúltima partida

O Ceará faz logo mais no PV uma apresentação diferente. Longe dos entusiasmos de uma subida, predomina o baixo astral de quem tenta sair da desilusão, mas não consegue. A jura de combate feita por alguns atletas me parece verdadeira. Noto que Eusébio, até pela sua história no futebol, tem estilo guerreiro, de completa doação à causa. Creio mesmo que a vontade do grupo é de terminar a participação com acenos de retomada. E isso somente será possível mediante resultados positivos nesses dois últimos jogos. Hoje é com o Bragantino. Por mais que se queira dar um tom de interesse ao jogo, é notório o menosprezo observado nesta reta final.

História

O livro que conta a história de Dimas Filgueiras, escrito por Alberto Damasceno, será lançado no Náutico Atlético Cearense no próximo dia 20, terça-feira. Ninguém mais que Dimas viveu o Ceará nos últimos 40 anos. Amanhã, Dimas estará no Debate Bola (TV Diário, 8h da noite). Falará sobre o que viveu de bom e de ruim em Porangabuçu.

Apertar o cerco

Se não for adotada agora postura forte para acabar de vez com a ação dos facínoras que brigam e destroem os estádios em Fortaleza, mais fortalecidos estarão os autores das depredações. Os bandidos também sabem avaliar a reação das autoridades: se tímida ou consistente, eficiente ou de fachada, transitória ou permanente. Se os marginais detidos no PV no dia da confusão estiverem presentes lá no próximo jogo, restará provado que as punições não passaram de medidas paliativas inócuas. E que a impunidade permanece na ordem do dia

"Os torcedores querem ver futebol. Querem o resultado. Se não correr, você toma vaia. Vai ser xingado mesmo. O jogador profissional sabe disso".

Heleno
Meia do Ceará, explicando a pressão da torcida contra possível acomodação dos atletas

Tratamento

O Vica tem seu valor. Não classificou o Fortaleza, mas teve o reconhecimento público de um trabalho bom. Na renovação, até ampliará seu salário para 2013. Que bom seria se fosse dado o mesmo tratamento aos treinadores aqui da terrinha. Aqui muitas vezes o técnico local é mandado embora, mesmo que ganhe o título.

Tratamento II

Oliveira Lopes Canindé foi campeão brasileiro, Série D, em 2010 pelo Guarany/S, mas não teve seu contrato renovado. Fatos semelhantes aconteceram com Argeu dos Santos, Filinto Holanda e outros. É notória a diferença de tratamento. Para os que vêm de fora, tudo; para os de casa, nada. Será que os nossos técnicos não se impõem?

No lucro

A derrota do Icasa na primeira partida das semifinais da Série C acabou, no fim das contas, sendo ótimo resultado para os cearenses. Por dois motivos: pela goleada que se desenhava no 1º tempo e pela semana conturbada pela qual passou o clube.

Esperança

Para o jogo de volta, na quinta, 22, fica a esperança de que a diretoria icasiana consiga chegar a um acerto razoável com os atletas. Se com pendências salariais mostraram tanto esforço, calculo o que não farão com seu trabalho devidamente recompensado.

Recordando

Década de 1970. Ceará.

A partir da esquerda (em pé): Mauro Calixto, Nagel de Melo, Hélio Show, Joãozinho, Reizinho e Paulo Tavares.

Na mesma ordem (agachados): Jorge Costa, Miguel, Élcio, Edmar e Teia.

O colaborador Elcias Ferreira afirma que o primeiro em pé à esquerda é mesmo Mauro Calixto, embora na foto esteja um pouco diferente.