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O valor dos resultados

Por mais incrível que pareça, empate tem tríplice significado no futebol. Pode ser empate mesmo (igualdade no placar), empate-vitória ou empate-derrota. O Ceará, num espaço de quatro dias, experimentou a sensação de perder e ganhar, sem sair do empate real. As reações de rejeição e aceitação dependem das circunstâncias. Interessante: a torcida aceitou como vitória o resultado do jogo em Goiás (0 a 0). E a mesma torcida entendeu como derrota o resultado diante do Guaratinguetá no PV (1 x 1). O futebol inventou até a vitória moral. Pena que esta não pontua.

Vitória

Lutar por vitória é querer três pontos num só jogo. Admitir o empate é buscar os mesmos três pontos, mas em três jogos. Para obter três pontos com empates, o time gasta 270 minutos. A vitória soma três pontos em 90 minutos. Não sei o motivo de tanto apego ao empate.

Segurança

Os técnicos temem as derrotas porque três seguidas representam desemprego. Já os empates não geram tanto estrago. É aí que reside o equívoco. Quem garante emprego é vitória. Esta, pois, deveria ser prioridade sempre.

Tranquilo. O técnico Vica está firme porque buscou vitórias. Em oito jogos ele encaixou seis vitórias, em pares de três consecutivas, com dois empates entre as duas séries. Aí fica tranquilo o time e fica mais tranquilo ainda o treinador.

´´Pela Copa do Brasil, no Domingão, já jogamos contra Guarani/SP e Flamengo/RJ. Mas meu sonho é trazer o Corinthians".

Valter
Volante do Horizonte, pensando no tri da Copa Fares Lopes

Diferente

Não quero acreditar que amanhã, diante do Guarani/SP, o Ceará adotará o modelo fechado, retraído, que mostrou em Goiás. Lá só uma oportunidade clara de gol em 90 minutos. Sim, aquela de Misael já nos minutos derradeiros. Para ganhar, terá de ousar mais, ainda que arriscando um pouco a pele. A situação exige um time ofensivo.

Coisas do futebol

Ceará x Guarani/SP, em pleno feriado de Sete de Setembro, terá início às 19h30. Sou de um tempo em que jogo importante começava as 16 horas. Mas, como contrariar a opinião dos "sábios"? Só eles sabem, só eles entendem, só eles decidem. Nada não. O amor da torcida é maior, embora quase sempre seja ela a última a ser lembrada.

Ajustar a pontaria

Está claro o propósito de PC Gusmão quando, na reta final dos jogos, coloca em campo Misael. Quer aproveitar a velocidade desse jogador e, claro, daí chegar ao gol. Teoricamente o PC está certo. Entretanto, infrutífera tem sido tal mudança. Motivo simples: a chance clara até acontece, mas a infelicidade de Misael tem comprometido o objetivo do treinador.

Recordando. Anteontem, recebi a inesperada visita de um amigo que há muito não dava o ar de sua graça. Que alegria tive ao chegar à portaria do jornal. De pé, bem conservado, estava Orlando Braga que foi operador de áudio da Rádio Dragão do Mar na década de 1960, época de ouro das narrações esportivas comandadas pelo inesquecível Ivan Lima. Aliás, Ivan foi um dos melhores locutores que conheci em toda a minha vida. Orlando, anos depois, partiu para a área de publicidade onde se deu muito bem. Ele me trouxe à mente recordações de outros companheiros da Dragão daquele tempo como Mauro Coutinho, Haroldo Celino, Luiz Bravo (popular Mincharia), Hélio Malveira, dona Mundita, Nadir Holanda e Aldamira Vieira. Foi um tempo maravilhoso.