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Avaliação pela metade

Recordando. Repito a foto do Ferroviário (década de 1980), agora com todos identificados pelo torcedor Gabriel Messejana. A partir da esquerda (em pé: Jorge Henrique, Hélio Show, Nilo, Luizinho, Góis, Augusto e o roupeiro Tati. Na mesma ordem (agachados): Edson, Betinho, Ivan, Jorge Veras e Paulo Cesar.

O Campeonato Brasileiro, nas suas séries B e C, está chegando à metade da competição. Até aqui, as projeções indicam possibilidades de ascensão do Fortaleza e do Ceará, caso deem sequência aos avanços alcançados, máxime nas rodadas recentes. O Leão está muito bem no Grupo A. Somente uma inesperada queda de produção tirará do Pici a chance de voltar à Série B. Quero crer que ninguém deterá o tricolor, já pelo acerto de comando e de gestão. O Ceará teve reação fulminante. Faturou nove pontos em três jogos e, como disse o PC Gusmão, voltou à primeira página. Os horizontes foram aclarados. Novas esperanças. Mas ainda há muita responsabilidade pela frente.

Endeusamento

Detesto o endeusamento de Messi pelas redes de TV do Brasil. Ele é fora de série, sim. Mas longe de Pelé e Garrincha. Perto, talvez, de Maradona. Vamos dar força ao Neymar. O garoto é jovem e não tem a companhia de "cobras" como Busquets, Xavi, Fábregas e Iniesta. Estão colocando peso demais nas costas de Neymar. Isso não é certo.

Copa

Mauro Carmélio terá de estudar uma maneira de dar vida à Copa Fares Lopes. O alto número de desistências foi o primeiro sinal de fragilidade. Embora dando vaga para a Copa do Brasil, a "Fares Lopes" perdeu o apelo popular e, Deus sabe como, vem se arrastando. Algo há de ser feito para não deixar ruir competição de objetivo tão nobre.

Sina dos goleiros

João Carlos, do Fortaleza, chegou, abafou. Estava pegando tudo. Contusão o tirou de tempo. Lopes, com certa desconfiança da torcida, assumiu. Fez tantas defesas espetaculares que deu a volta por cima. Está em grande fase, fato que despertou o interesse até de time do futebol português. Fernando Henrique, foi de grande fase a fase ruim. Cedeu vaga a Adilson, o Paredão. Adilson é bom. Levou azar em dois lances. Mas Adilson não precisa provar mais nada. Voltou o Fernando. Agora mais atento. A oscilação tem sido a sina dos goleiros este ano.

Na luta

Prefiro acreditar que o Luiz Torquato, bravo como é, ainda levará o Guarany a dar a volta por cima, embora a situação do momento seja constrangedora. Entendo que o maior erro tem sido a mudança relâmpago de treinadores. Não há como se estabelecer uma filosofia de trabalho, se a cada semana chega um técnico diferente. Não é por aí, Torquato.

Vacância

Quem é o craque do futebol cearense no momento? Resposta simples: o lugar está vago, à espera de um rei. De jogadas geniais, o último craque que pintou por aqui foi Clodoaldo. Depois dele, abriu-se a vacância. E pelo visto, permanecerá sem titular ainda por muito tempo. Aliás, é bom não confundir craque com bom jogador.

O grupo está bem equilibrado. Estou satisfeito. No momento, tanto faz ser primeiro ou segundo no G-4. Quero chegar bem é na hora da definição, a partir das quartas-de-final".

Vica
Técnico do Fortaleza