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Delicados momentos

De uma forma geral, um dos momentos mais difíceis enfrentados pelos treinadores acontece quando da reestruturação do grupo. Mexer com titulares gera insatisfações. Ninguém gosta de perder posição. E PC Gusmão teve de mexer quase no time inteiro. Contornar "beicinhos" decorrentes das veleidades requer jogo de cintura. Muitas vezes o ambiente azeda, caso o técnico não tenha sensibilidade para tratar das questões mais delicadas. A missão de PC agora é ajustar a equipe sem perder o foco da união do grupo. Amanhã, diante do Joinville em Santa Catarina, caso aconteça nova vitória alvinegra, será mais fácil consolidar as mudanças. Sem isso, a tarefa encontrará outros óbices.

Força coral

De onde saiu o atacante Mirandinha, que chegou à Seleção Brasileira principal? Das bases do Ferroviário. De onde saiu Jardel para brilhar pelos gramados do mundo e na Canarinho? Das bases do Ferroviário. O Ferrão sempre foi celeiro. A formação de atletas na Barra fazia parte da filosofia coral. Já é hora de retomar essa filosofia.

Desmonte

Lamentável: em razão da inatividade provocada pelo não início da Série D, o Horizonte teve de rescindir o contra de atletas importantes como Djalma, Rafael, Pedro Bambu, Zezé e Jó. E mais: teve de emprestar outros atletas. O time tenta sobreviver, mas, se a Série D não começar já, haverá sérias dificuldades. Um verdadeiro desmonte.

Assunto esgotado

Certíssima a posição dos jogadores do Fortaleza, quando pediram para não mais falar sobre o entrave que impediu o início das Série C e D. O assessor de comunicação do clube, Nodger Nogueira, explicou que os atletas não suportavam mais as mesmas perguntas para as mesmas respostas. O tema estava tão esgotado que poderia virar gozação. É verdade. O papo pode fugir ao trivial do futebol, buscando curiosidades sobre a vida dos atletas, seus hábitos, opções religiosas, preferências musicais, políticas, sociais. Por que ficar somente futebol?

O lugar é dele

Faz muito tempo que João Marcos, em razão de séria contusão, deixou de jogar no Ceará. Até hoje ninguém conseguiu produzir na meia-cancha alvinegra o que João produziu no auge do trio de ferro. A demora no retorno de João tem deixado um vácuo no setor. Enquanto João não retorna, a busca por um substituto ideal continua.

Timaço

A pesquisa de Pedro Mapurunga sobre o "Ceará de Todos os Tempos" tem a escalação de Zecândido, ex-jogador que brilhou na década de 1930: "Pintado, Valdemar e Popó; Zuza, Damasceno e Babá; Gildo, Farnum, França, Hermenegildo e Mitotônio". Desses, só vi em ação Gildo Fernandes de Oliveira, o eterno ídolo.

"No tempo devido o Fortaleza buscará ressarcimento. Sofremos danos morais e materiais com a paralisação da Série C. Claro que alguém vai ter que responder por isso".
Osmar Baquit
Deputado, presidente do Fortaleza

Recordando. Seleção Cearense no início da década de 1960. A partir da esquerda (em pé): William Pontes, Alexandre Nepomuceno, Valdecir, Antoni e Fernando Sátiro. Na mesma ordem (agachados): Zeca, Cleto, Airton (apoiado no companheiro), Jaime, Bill Rola e Alencar. (Colaboração de Nonato Holanda).