Contraste alvinegro
Duas situações bem diferentes: a alegria pelo aniversário de 98 anos e a tristeza pela humilhação em Campinas. Mas uma não pode encobrir a outra. A separação dos eventos fez-se necessária. A goleada sofrida diante do Guarani/SP (4 x 1) jamais eclipsará a história de um time quase secular e incontáveis vezes campeão. Mas esse contraste alvinegro tem de parar por aqui. O time de sábado não existe. Foi medíocre, pusilânime, fraco, desinteressado, descompromissado, sem brio, sem consistência. Não é time de um Ceará quase secular: é um time transitório, passageiro.
Carga
Não acho justo colocar sob os ombros de Fernando Henrique a culpa pela desgraça. Em Campinas, Fernando fez incontáveis defesas difíceis, apesar de exposto por uma defesa escancarada. Fernando evitou goleada ainda maior.
Insistência
Nas colunas anteriores fiz observações serenas. Disse que a zaga alvinegra estava uma gracinha. E perguntei a razão por que Erivelton, melhor que os escalados, não entrava. Como resposta, insistiram no erro. Deu no que deu. Sábado a avenida esteve mais iluminada ainda.
Sem definição
Tiraram o Heleno, alegando que o time teria melhor saída ao ataque. Resultado: nem teve melhor saída ao ataque e fragilizou ainda mais o sistema de marcação. Trânsito livre, aberto, para incursões dos adversários.
"É sempre assim: começa com altos e baixos. Depois, perde a chance de fazer gol e acaba sofrendo. Aí tudo se torna muito difícil".
Paulo Sérgio
Ala do Ceará
Fundamentos
Quantos passes errados o Ceará dá por jogo? Quantas saída ao ataque o Ceará quebra por se perder na ligação, sempre entregando bolas ao adversário? Quantos erros na finalização? Em nenhuma dessas questões o Ceará tem aprovação. Logo...
Pressa e perfeição
Lima e Mota estão devendo. O time desonerou. Explícita a necessidade de recomeçar. E recomeçar do zero, com a rapidez que o ritmo da Série B requer, ainda que a pressa seja inimiga da perfeição. PC Gusmão vai ter que juntar pressa e perfeição.
Homenagem
Nem tudo foi tristeza no aniversário do Ceará. Tocante a homenagem que a Todacor Comunicação fez à camisa do clube. Marcel Barros, autor do belíssimo texto, e Diego Mourão, que elaborou a arte, estavam realmente num instante de grande inspiração.
Texto
A homenagem completa da Todacor Comunicação à camisa do Ceará pode ser vista no hotsite
http://www.cearasc.com/98anos. Um texto que se perpetua porque não limitado ao tempo. Marcel concebe a camisa do Ceará viva, emotiva, falando, eterna.
Recordando
1965. Fortaleza Esporte Clube. Rara foto de um das boas formações do Leão. A partir da esquerda (em pé): Zé Carlos, Nivardo, Messias, Niltinho, Iá (foi meu colega de juventude na Igreja dos Remédios) e Neto. Na mesma ordem (agachados): Vanor Cruz, Mano, Edmilson, Luciano Oliveira e Dedé. (Colaboração de Elcias Ferreira). Detalhe: Luciano Oliveira morreu moço demais.