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Legenda: Fortaleza EC, na década de 1970
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Valorização do gol

A Copa do Brasil tem um aspecto positivo que os outros modelos de disputa não tem: a valorização do gol. Há quem argumente que o modelo mata-mata permite que um time inferior possa, adotando retranca, despachar uma equipe melhor qualificada. Assim, seria favorável à retranca e não ao futebol ofensivo. Ora, mas na Copa quem adota a retranca logo terá de abandoná-la caso sofra um gol. Aí terá de mudar a filosofia, sob pena de eliminação. O gol na casa do adversário é outra diferença positiva. Quem quiser avançar na Copa terá de pensar na marcação de gols e não apenas em se defender. Pouca permanência terá quem priorizar a defesa nesse tipo de competição.

Lição

O empate (2 x 2) do Ceará com o modesto Paraná Clube serviu de lição: na Copa do Brasil perder gol pode ser fatal. Não passa impune o erro de finalização. Cedo vem o castigo. Mas ainda creio que o Ceará terá condições de reverter a situação em Curitiba. Dessa vez, porém, sem direito de errar. Acabou a margem.

Mais

Até compreendo as críticas feitas ao ala Apodi porque o aproveitamento de suas constantes e rápidas incursões poderia ter melhor índice. Ora, se assim fosse, ele já estaria no futebol europeu. Mas que bom se todos se empenhassem como Apodi se empenha. Corre o tempo inteiro. É incansável e "inquebrável". Incrível.


Recordando.

Década de 1970. Fortaleza. A partir da esquerda (em pé): Zé Paulo, Pedro Basílio, Cícero, Renato, Joãozinho e Roberto. Na mesma ordem (agachados): Nado, Leônidas, Erandir, Marcos do Boi e Mimi. (Colaboração de Elcias Ferreira).


Contradição

Dirão talvez que há incoerência na exposição feita na abertura da coluna, visto que o Ceará quase ganhou a Copa do Brasil de 1994, usando na época o modelo fechado de Dimas Filgueiras. Tudo bem. Mas ele sempre buscou o gol fora de casa, planejamento levado a cabo com muita eficiência. Se não tivesse assinalado gols essenciais fora de casa, o time de Dimas não teria chegado à decisão da Copa de 1994. Ele adotou o modelo fechado, sim, mas eficiente no contra-ataque. E assim conseguiu os gols que o levaram à final.

O drama

Caiu nas mãos do técnico Roberto Cearense o comando do Ferroviário no instante mais difícil da história coral, ou seja, à beira de uma queda iminente. Roberto tem feito pregação otimista, embora reconheça que o problema maior é depender de terceiros. Ainda assim, jamais pode passar ao grupo qualquer sentimento de descrença.

120 anos

Uma revoada de aviões do Catuleve irá domingo a Camocim. Homenagem da aviação desportiva ao piloto camocinense, Pinto Martins, pela passagem de 120 anos de seu nascimento. Às 9h30min o aviador e artista Waldonys dará show aéreo, pilotando o avião acrobático RV-4. Em 1922, Pinto Martins fez o primeiro voo Nova Iorque/Rio de Janeiro.

"Vamos dar um incentivo ao Itapipoca. Isso é normal no futebol. Um bom resultado do Itapipoca diante do Icasa em Juazeiro do Norte interessa ao Ferroviário".
Tomas Holanda
Vice-presidente do Ferrão