Futebol superiorDepois da rodada ontem concluída, as atenções se voltam para o clássico Fortaleza x Ceará, domingo no PV. Encontro diferente do anterior por vários motivos, dentre eles, a não discussão sobre a presença de duas torcidas. Aliás, jamais aceitei a ideia de clássico para uma torcida só. Clássico, como o nome sugere, é o futebol superior, transcendente pela natureza. É um absurdo se admitir clássico limitado a um só lado. Ainda bem o de domingo novamente será com a graça das duas torcidas e suas ornamentações. Que o aparelho de segurança cuide da sua parte.
ExpectativaEm toda competição a grande expectativa orbita em torno dos clássicos. Os demais jogos, apesar de importantes, jamais alcançam a especial essência das decisões entre maiorais. Tudo é tão diferente que, não raro, até quem está inferior agiganta-se.
MudançasAs voltas que a vida dá são surpreendentes. PC Gusmão, que já teve do seu lado Geraldo e Careca, agora os terá como adversários. E o mesmo PC, que teve Eusébio como adversário, agora o terá como aliado. E ainda há gente que mata por futebol.
Pupilo. Quero acreditar que Misael ainda voltará um dia a jogar o futebol que o fez chegar ao Vasco da Gama. Se assim não for, estarei diante de um raro caso em que o atleta desaprendeu. Como foi com PC a melhor fase de Misael, taí a chance para o mesmo PC recuperar seu pupilo.
"A retomada do Ceará já começou. Mas sei que há ainda muitos degraus para o time subir. O grupo está pronto para os desafios".
Adilson
Goleiro alvinegro
LigaPreocupa-me o destino dos clubes nordestinos, quando a Liga Nacional, ora em gestação, for criada. Se essa Liga, absoluta e independente, "assumir" os certames nacionais, há risco de elitização mediante negociata com os direitos de transmissão.
Mais bonitoDois gols encantaram a torcida neste returno: o de Everton pelo Ceará (driblou três adversários e deixou a bola nas redes do Guarany de Sobral) e o de Fábio Saci, pelo Crateús na vitória (4 x 2) sobre o Itapipoca (Saci, com muita classe, tirou de tempo o goleiro Eufrásio).
Ferrim e FerrãoAté hoje não compreendi a razão por que o slogan "Aí é Ferrim, meu filho" foi descartado pelo torcedores corais. Explicaram-me que "Ferrim" teria caráter pejorativo. Não entendo assim. Ferrim é tratamento carinhoso que jamais deveria ter sido abandonado.
Queda e subidaNão sei quantos técnicos já caíram este ano. Mas o que mais caiu e rápido se levantou foi Júlio Araújo. No dia 26 de janeiro demitido do Ferrão, logo foi contratado pelo Trairiense. Este o demitiu no dia 1º de março, mas logo Júlio foi contratado pelo Guarany/S.
Recordando. Década de 1960. Fortaleza Esporte Clube. A partir da esquerda (em pé): Mesquita, Hélio, Zé Paulo, Luiz Mário, Genival e Carneiro. Na mesma ordem (agachados): Birungueta, César Morais, Didica, João Carlos e Raimundinho. Observação: anos depois, César Morais passou a ser treinador vitorioso, ganhando muitos títulos aqui e no futebol do Pará. (Acervo de Elcias Ferreira).