Clássico, apesar de tudo
O Ceará precisa da vitória sobre o Ferroviário para retomar a confiança no "estadual", no embalo do êxito conseguido na estreia na Copa do Brasil. O Ferroviário precisa ganhar do Ceará para fugir do espectro do rebaixamento, posto estar acossado pelo Guarany de Sobral que tem um jogo a menos. Portanto, o Bugre é uma ameaça à posição coral. São situações diferentes: o alvinegro na luta na parte alta; o Ferrão na luta, mas fugindo da parte baixa. Um clássico que, não obstante as dificuldades corais, mantém-se interessante pela tradição e pela história. Eternamente clássico, sim.
O melhor
Em poucos jogos, Rogerinho assumiu o papel de melhor jogador do Ceará no momento. Dele saem as jogadas mais brilhantes da equipe, com velocidade e passes precisos. Soube se impor e ganhou com méritos a posição.
Improvisações
Tenho dito que só compreendo improvisações quando movidas pela necessidade, em razão de contusões ou expulsões. Amanhã, Lula tem todo o direito a experiências novas em determinadas setores. Mas nada de exagerar na dose, caro Lulão.
Recuperação
A retomada coral tem sido sofrida, dolorosa. O time perdeu jogos inacreditáveis como a goleada diante do Horizonte, quando até teve o jogo na mão, mas sucumbiu. Reanimou com a vitória sobre o Tigre. Ganhou moral para enfrentar o Ceará.
"Estamos superando dificuldades incríveis que afligem o Ferroviário. Esse grupo tem valor e vai à luta".
Flávio Mendes
Técnico coral
Carão
O técnico Nedo Xavier deu carão no grupo. Não aceitou a falta de humildade que motivou a acomodação após abrir 3 x 0 no Comercial, fato que levou o time piauiense à reação e ao direito de fazer o segundo jogo. Nedo não admite esse tipo de coisa e quer compromisso diante o Guarani em Juazeiro.
No alto
Três jogadores estão no coração da torcida tricolor: Geraldo, Cleo e Ciro Sena. Nestes três repousa a fé da torcida no tocante à firmeza na hora de superar dificuldades tidas e havidas como incontornáveis.