Novo passeio do Leão
O Fortaleza venceu e mais uma vez convenceu. Senhor das ações. Senhor do jogo. Sem dificuldades, engoliu o Ferroviário. Antes do gol de Ciro Sena (1 x 0), Cléo já mandara aviso. Em três ou quatro toques, o Leão descobria caminhos para chegar ao gol. Daí o pênalti de Agnaldo em Rômulo, transformado em gol por Geraldo (2 x 0). No Ferrão, Canga ainda deu o isolado recado de sua vocação de artilheiro (2 x 1). Mas ficou nisso. Na fase final, o processo de tritura do Ferroviário seguiu normalmente. Cleo (3 x 1) e Careca (4 x 1) fecharam o placar de um jogo onde o Leão passeou em campo.
Zagueiro Artilheiro
Ciro Sena mais uma vez deixou a marca de sua especialidade: assinalar gol. Ele tem feeling para descobrir o momento certo de surpreender a marcação adversária. Assim nos clássicos que disputou.
Superioridade
Em nenhum momento o Fortaleza perdeu o controle da situação. Careca fez bela partida. Geraldo deu o ritmo no exercício da liderança. Cleo sempre muito rápido e perigoso. Ao Ferroviário muito mais o trabalho de tentar neutralizar a superioridade do Fortaleza.
Perigo
Além do golaço de Canga, o Ferroviário pouco incomodou, exceto aos três minutos da fase final, quando Lopes foi obrigado a fazer notável defesa. No mais, o Tubarão é a própria imagem de um time atolado em grave crise.
"Erramos muito nas finalizações e pagamos caro por isso. Vai ser preciso atenção redobrada nos próximos jogos".
Adilson
Goleiro do Ceará
Resultado
Ótimo para Crateús o empate com o Ceará (1 x 1) e a manutenção da invencibilidade em casa. O Ceará teve o jogo na mão, mas perdeu uma carrada de gols. O Crateús, no final, soube buscar com muito brio o resultado que lhe interessava. Conseguiu.
Sequência
Eusébio perdeu dois gols. Misael, Felipe Azevedo e Giovani também desperdiçaram chances incríveis. Pressentimento do castigo: antes do gol de Rato (1 x 1), Crateús já ameaçara com bomba de Dinho que Adilson defendeu de forma espetacular.
Sem pretexto
O Ceará não pode justificar o empate pela ausência de seis jogadores (Fernando Henrique, João Marcos, Mota, Romário, Juca e Leandro Chaves). Não cola. Cedeu o empate porque pecou nas finalizações. Crateús foi brioso, porque acreditou até o fim.
Observações
Rogerinho foi o melhor. Além do gol que marcou, comandou a criação e distribuição de jogadas. /// Apesar dos gols que Eusébio perdeu, não achei correta a substituição dele, exceto se por contusão. /// Já é hora de Lula Pereira pensar no retorno de Erivelton à zaga.
Recordando. Década de 1960. Solenidade antes de um jogo do Fortaleza. A partir da esquerda: o presidente tricolor, Otoni Diniz, e os atacantes Mozart Gomes e César Morais. O saudoso Otoni Diniz foi um dos mais queridos desportistas do estado. Mozart, ídolo inesquecível. César Morais, além de jogador brilhante, vitorioso treinador. César está aposentado. (Colaboração de Jurandy Neves).