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Legenda: O Ceará tem oscilado muito, mas um jogador ganhou a admiração de todos: Eusébio
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Fim das superstições

Domingo, 13 de novembro. Número 13, o preferido do técnico do Ceará, Dimas Filgueiras. A propósito, como o Ceará usara o uniforme preto na vitória sobre o Avaí no domingo anterior, a superstição o fez repetir o uniforme. Seria o domingo da vitória sobre o Santos, o de três pontos a mais, o de espantar o fantasma do rebaixamento. De repente, as superstições quedaram ante a realidade cruel de um adversário que aqui veio sem superstições, o Santos. Todos os santos contra superstições. O santo forte de Bruno Aguiar, ajudando pela bola que bateu em João Marcos; o Santo forte de Aranha, que pegou o pênalti batido por Nicácio; o santo forte, mais forte que todos, de Diogo que fez a bola do terceiro gol fazer uma curva estranha como quem dobra uma esquina. Todos os santos contra as superstições. O Santos e os santos venceram.

A melhor fase

O Ceará tem oscilado muito, mas um jogador ganhou a admiração de todos: Eusébio. Contrariando até mesmo especialistas, ele se estabeleceu, mostrando incomum versatilidade. Quer na meia-cancha, quer na lateral esquerda, que já foi sua posição preferida, ele corresponde. Substituiu com desenvoltura o titular Vicente. Síntese: onde o colocam, dá conta do recado. E, quando de volta ao banco, sabe ali se comportar com altivez, esperando nova chance. Que exemplo de jogador!

A renúncia

O notável e saudoso cantor Nelson Gonçalves gravou uma música na qual um trecho diz: "A minha renúncia encheu-me a alma e o coração de tédio". Realmente, não é fácil renunciar. Quando surgiu o pênalti que daria ao Ceará a chance de marcar 3 x 2 no Santos, Nicácio, batedor oficial, já estava em campo. Caberia a ele a cobrança, a não ser que, admitindo estar ainda frio, passasse a responsabilidade a um companheiro. Mas aí certamente pesou mais a vaidade humana. Nicácio tinha ali a chance de ser o herói do jogo. Como então deixar passar tamanha oportunidade? Como entregar a outro a glória que lhe batia à porta sob a forma de presente enviado pelos anjos? Não é fácil saber renunciar...

Tempo de espera

O presidente do Conselho Deliberativo do Fortaleza, Mozart Martins, incentiva os torcedores a uma participação mais engajada nestes tempos sem jogos oficiais para o Leão. Daí o jantar aberto à nação tricolor cuja renda ajudará o clube a superar esta fase sem receita. Será sexta-feira próxima, às 20h30, no Dallas Grill. Preço: R$ 700,00 o casal.

Coerência

O dirigente Walmir Araújo foi coerente quando decidiu não assumir a presidência coral, mesmo tendo sido eleito por aclamação. Ao não aceitar a composição de diretoria que lhe estava sendo praticamente imposta, Walmir preferiu nem começar seu trabalho na presidência do clube. Começar com divergência já seria meio caminho andado para o insucesso. Se com harmonia está difícil, imagem como ficaria sem coesão de pensamentos e de ação.

Showboll

Fortaleza sediará a Copa América de Showbol, de 17 (quinta-feira) a 20 (domingo) no Ginásio Paulo Sarasate. Disputarão a competição Brasil, Argentina, Colômbia e Uruguai. Aqui estarão o penta mundial Juninho Paulista e os tetracampeões Viola e Paulo Sérgio, que atuarão ao lado de Maizena e Gera. Estrelas internacionais: os colombianos Rincón e Valderrama, o argentino Goycochea e o uruguaio Hugo de Leon, dentre outros.

Recordando

Olha aí o presidente do Guarani de Juazeiro, José Moura, na época em que era jogador de futebol. 1975, time do Estudante, campeão amador de Juazeiro do Norte. A partir da esquerda (em pé): Hamilton, Aparecido, Alberto, Hilário, Horácio, Elias e Arnaldo. Na mesma ordem (agachados): Eusébio, Cauby, Tarcísio, Jaime e "Gerson" que não é outro senão José Moura. (Colaboração de Tarcísio Facundo).