Torcida à distância
O Ceará só entrará em campo amanhã, mas sua torcida já hoje terá justos motivos para acompanhar com atenção Fluminense x Atlético de Minas e Avaí x Botafogo, jogos de hoje. O Atlético/MG, mais que o Avaí, é perseguidor direto do Vozão. Inclusive, se ganhar do Fluminense logo mais, ultrapassará o Ceará na pontuação. Já o Avaí está mais distante, não sendo ameaça direta. Mas uma derrota do Avaí também será importante, pois abalará moralmente o time catarinense, com quem o Ceará terá contas a ajustar no dia 6 de novembro em Florianópolis. Amanhã, caberá ao Ceará ganhar do Atlético/PR em Curitiba, tarefa delicada porque os dois estão na luta direta pela permanência na elite. Como a vantagem do Ceará sobre o Atlético/PR ainda boa (quatro pontos), a missão será mantê-lo na zona maldita, afastando-o ainda mais da classificação.
Ausência
Osvaldo fora. Pela segunda vez o Ceará não contará com o jogador que tem sido referência no ataque. Não obstante as críticas sobre sua maneira de prender demais a bola, as incursões alvinegras sempre passam por ele. A ausência de Osvaldo mudará a maneira de jogar do Ceará e certamente será um alívio para a defesa do Atlético. Seu substituto, por não ter a mesma habilidade nem a mesma velocidade, terá de buscar o jogo em conjunto. Hora de examinar qual o melhor modelo.
O adversário
O Atlético/PR não tem nomes de expressão. O técnico Antonio Lopes, chamado para tirar do sufoco o time, tem tido dificuldades na luta para alcançar melhor produção. A equipe ainda se mostra insegura até mesmo quando abre boa vantagem como, por exemplo, no jogo em casa com o Vasco. Chegou a marcar 2 a 0, mas não soube manter a vantagem. Após esse jogo, o conhecido Paulo Baier qualificou de muito juvenil a sua equipe. A crítica surtiu efeito e já agora contra o Ceará o técnico Antonio Lopes resolveu escalar o veterano Cleber Santana. Essa situação confusa é natural numa equipe que desesperadamente tenta escapar do rebaixamento. O Ceará poderá tirar o melhor proveito disso.
Mensagem do pacificador
Quebrar arestas foi a missão de Robinson de Castro durante a semana. Turbulências aconteceram e ele, na função de vice-presidente e diretor de futebol, viu-se obrigado a serenar os ânimos. Aliás, o próprio Robinson teve de mudar o tom do discurso em nome da pacificação. O ambiente melhorou sobremaneira. Mas a consolidação dependerá do resultado de amanhã.
Os espaços
É natural que nesta fase do ano as atenções da coluna estejam concentradas mais no Ceará pela importância de sua presença na Série A e na sua luta por permanecer na elite. Em seguida, o Icasa de Juazeiro, que defende a sua parte na Série B. Cobram-se mais espaços para os outros clubes. Tudo bem. Mas evito comentar sobre especulações. Prefiro analisar algo concreto. Nada de chutes.
Reação
O Icasa tem novo desafio hoje diante do Criciúma. A estreia do técnico Arnaldo Lira, com bela vitória sobre o Duque de Caxias, criou um clima favorável no Verdão. Júnior Xuxa, com o golaço que fez, parece ter retomado a alegria de jogar, esquecendo o dissabor que o fez protestar quando substituído pelo ex-técnico, Márcio Bittencourt. Além disso, não raro o Verdão tem surpreendido.
Recordando
1958. Ceará bicampeão cearense. A partir da esquerda (em pé): Dasmasceno, William Pontes, Cláudio, Benício, Alexandre, Harry Carey e Ivan Roriz (carinhosamente chamado de Ivan Boião). Na mesma ordem (agachados): Neném, Alencar, Zezinho Ibiapina, Ananias e Guilherme. Na festa de 70 anos do PV, tive a alegria de rever o grande Alexandre Nepomuceno, zagueiro notável. (Do álbum de Elcias Ferreira).