Consenso também é democrático
Sei que é salutar para a democracia a pluralidade de candidatos. Isso abre um leque de opções para os votantes. A escolha, pela maioria, legitima o mandato do vencedor. Tudo bem. Ótimo. Mas há momentos em que o consenso traduz mais o sentimento democrático do que o lançamentos de candidaturas múltiplas e às vezes estéreis. Ao eleitor cabe distinguir a diferença entre a candidatura que busca promoção pessoal e a que tem por meta trabalhar pelo clube. O Fortaleza não carece de fartura de candidatos, mas de união de todos em torno de um nome ideal, capaz de aglutinar forças, visando a tirar do atoleiro o Leão. Não concordo com os que dizem ser impossível unir o Fortaleza. Pode ser difícil, mas não impossível. Falta talvez um articulador competente. Não quero acreditar que a insensatez continuará prevalecendo no Pici.
Coerência
O técnico Estevam Soares retornou ao Ceará sem contar com a opinião unânime da torcida. Mas gradualmente vai mudando a opinião dos céticos. O empate heroico diante do Atlético em Minas Gerais fortaleceu a posição do treinador. Ele tem sabido administrar com muita competência as situações adversas. Agora mesmo, com cinco desfalques, tem montado nos treinos formações coerentes. Estevam é sereno. Certamente escalará a formação mais adequada às circunstâncias.
Projeto maior
Nada contra as candidaturas postas para concorrer ao pleito de domingo no Fortaleza. Cada um tem o direito de expor seu nome à apreciação do colégio eleitoral. Ainda bem as candidaturas estéreis logo se esvaziam pela fragilidade das bases e dos argumentos. Vencerá quem tiver um projeto maior, que contemple objetivos superiores, de ampla repercussão. O Fortaleza, por sua grandeza, comporta planejamento ousado, aberto ao debate e não limitado, ora pelas linhas do mistério, ora pelas rivalidades ocultas. O Fortaleza precisa sair da Série C, que o humilha. Será mais fácil sair desse carma se houver a união de todos. Queira Deus tal união aconteça após o pleito, fato que para muitos é pura utopia.
Opções em tempos certos
O ataque do Ceará tem tido Osvaldo (D) como titular, mas sem parceiro fixo. Por ali já passou Nicácio (E), que teve ótimos momentos, assim como Washington também teve. Como Roger hoje estará fora, interessante seria começar com Washington, que tem melhor condição física. Nicácio entraria depois, pegando marcadores já desgastados.
Volta por cima
O Guarani de Juazeiro mais uma vez surpreende. Está na final do Torneio Fares Lopes e com todo o direito de pensar num Romeirão palco da Copa do Brasil 2012. Depois do insucesso na Série D, mudanças internas e derrota para o Guarany de Sobral no primeiro jogo da semifinal dentro de Juazeiro, jamais se imaginaria a reviravolta que aconteceu. Taí o Guarani, vice-campeão cearense, em mais uma final. Horizonte que se cuide.
Selecionadas
Hoje, em San José, amistoso Costa Rica x Brasil. De 1956 a 2004, oito jogos entre as seleções principais (sete vitórias do Brasil e uma da Costa Rica). Em disputa de Copa do Mundo, duas vitórias do Brasil (1 x 0, em 1990 em Turim na Itália, e 5 x 2 em 2002 em Suwon na Coreia do Sul). No atual ranking da Fifa, o Brasil é o 7º; a Costa Rica, 57º. Na "Era Mano", 16 jogos (8 vitórias, 5 empates e 3 derrotas; 21 gols pró, 9 contra). Dados de Airton Fontenele.
Recordando
1976. Ceará bicampeão cearense. Na comemoração da conquista, o zagueiro Hamilton Silva recebe a faixa do saudoso William Pontes. William foi notável lateral-direito. Como jogador, campeão cearense pelo Ceará, Gentilândia e Fortaleza (nos dois últimos várias vezes). William também foi campeão como técnico e supervisor no Ceará e no Leão. (Colaboração de Elcias Ferreira).