Matéria-1049300

Legenda: Punido pelo nome
Foto:
Com e sem receita

As dificuldades financeiras alcançam até grandes clubes brasileiros. Imaginem então o que acontece com os demais times. O Ceará é exemplo positivo de quem sabe administrar bem suas finanças, num trabalho transparente implantado há alguns anos pelo presidente Evandro Leitão. Ainda assim, diante do volume de dinheiro pago aos grandes do Rio e São Paulo, a diferença é brutal. Daí as dificuldades alvinegras na hora da concorrência direta. O Fortaleza padece agora a falta de programação. Situação difícil. É só imaginar uma empresa deixando de ter receita, mas tendo que arcar com todas as obrigações. É o caso do Leão. Mas complicada mesmo está a situação do Ferroviário. Não sei mesmo como Luiz Neto conseguirá levar o seu Ferrão a 2012. E ainda há quem queira queimar os dirigentes de futebol que estão numa situação assim. Pode?

Objetivos

Há dirigentes que querem tirar proveito dos clubes. Isso é verdade. Mas há dirigentes que assumem cargos por pura paixão. Uns querem servir; outros, se servir. Cabe à torcida distinguir e fazer a diferença. Há os que fazem história pelo que realizam e há os que mancham a história. O trabalho de cada um, ao final dos períodos, é julgado. A mudança constante na presidência do Fortaleza tem trazido prejuízos. A estabilidade vem quando o dirigente consegue cumprir todo o mandato, superando turbulências. No Ferroviário o problema decorre de um efetivo afastamento dos que antes pregavam amores pela causa coral. Ficaram poucos que garantem receita de apenas R$ 500/mês.

Punido pelo nome

Interessante a série de opiniões que ouvi sobre a dura punição imposta ao Carlinhos Bala, único condenado no polêmico caso Fortaleza e CRB. O comentarista Wilton Bezerra entendeu que o jogador foi uma espécie de bode expiatório, saída encontrada pelo STJD para não passar totalmente em branco, sem punir ninguém. Há quem diga que Carlinhos foi punido, não pela atitude, mas pelo apelido BALA, objeto proibido nos campos e estádios do mundo....

Estabilidade no Pici

Já é hora de o Fortaleza sair das mudanças traumáticas no alto comando, com renúncias ou desistências de presidentes. Osmar Baquit, o atual presidente, deve pois pensar muito no compromisso a ser assumido de forma definitiva na próxima eleição. Só assim poderá, sem interromper o mandato, devolver a estabilidade ao Pici. Basta de transição precipitada.

Recordando

1966. Icasa bicampeão juazeirense invicto. A partir da esquerda: Tarcísio Facundo (irmão do famoso Nicácio) e o goleiro Natan, já falecido. Os dois ostentam a faixa da grande conquista. Na época o certame era disputado no Campo da LDJ, porquanto o Romeirão somente seria construído na década de 1970. O Icasa contava com três anos de existência, já que fora fundado em 1963.

Reflexo

Não tenho dúvida de que muito da desastrosa campanha do Fortaleza este ano foi consequência natural dos desarranjos havidos no setor diretivo. Quando a cúpula vacila e deixa transparecer suas inquietações, não raro transmite ao grupo de jogadores a insegurança. Resultado: o Fortaleza perdeu o penta, cedo saiu da Copa do Brasil, foi eliminado da Copa Fares Lopes e quase descia para a Série D. Uma sequência de equívocos sem fim.

Selecionadas

Do pesquisador Airton Fontenele: "Em fevereiro, previ que Lucas seria grande esperança, lembrando épocas de Didi e Zizinho". Hoje, Lucas está aí como grande realidade. Agora, Airton prevê como solução para a lateral-esquerda da Seleção Brasileira a revelação Bruno Cortês, do Botafogo. Bruno jogou muito na sua estreia diante da Argentina em Belém (Brasil, 2 x 0). No ano passado, Bruno atuava no Quissamã (2ª divisão carioca).