PV: as novas emoções
Foguetório. Acesas as luzes da ribalta. O velho-novo PV como palco iluminado. Setentão. De 1941 até ontem, uma longa história. O estádio que vi modesto, com arquibancadas, alambrado e cabines de madeira, agora ostenta padrão internacional. A prefeita Luizianne Lins e sua equipe felizes ao devolver à cidade a mais simpática e querida praça esportiva do estado. Quando, emocionado, dei o pontapé inicial, sabia que estava fazendo a ligação histórica entre o passado e o presente desse equipamento. Espécie de ponte entre as antigas e as novas gerações. Um PV modernizado a pedir passagem para seguir seu destino, agora não mais limitado ao aspecto regional porque também pronto para a Copa do Mundo 2014. Abrigará sonhos de equipes que ali se prepararão para o grande desafio. Agora, do antigo e pequenino PV, só as lembranças...
O zagueiro
Fabrício tem história no Ceará. Em julho, quando completou 200 jogos pelo alvinegro, foi homenageado com uma camisa e uma placa, entregues no PV pelo presidente Evandro Leitão e pelo vice, Robinson de Castro. Uma trajetória assim não pode azedar de vez por recíprocas incompreensões. A avaliação tem de levar em conta todo o histórico do atleta e não apenas o episódio da insatisfação. Não se vai de homem bom a homem mau tão rápido assim.
É com você, Estevam
Desta vez, pouco tempo para treinar. Estevam Soares, novo técnico do Ceará, pega logo duas pedreiras: São Paulo e Palmeiras. Quando esteve aqui em 2010, tive a oportunidade de conversar muito com ele na TV Diário. Demonstrou amplo conhecimento sobre futebol, suas táticas e variações. Estevam é agradável e acessível. Entendi que naquela ocasião o Ceará cometeu grave erro, pois o demitiu quando o time começava a se ajustar. Agora a diretoria certamente dará o tempo necessário para evitar nova precipitação. Modelo para enfrentar os dois próximos jogos fora? Arrisco palpite: pelo que observei de Estevam, vai fechado, mas sem abrir mão de contra-ataques bem encaixados.
Desabafo do ex-presidente
De Renan Vieira, ex-presidente do Fortaleza: "No final 2010 eu era o único vilão, um demônio, num ano sem ajuda de ninguém. Fui o único presidente que não vendeu um jogador sequer. Deixei a base (Eduardo, Bismarck, Guto, Vinícius, Reginaldo Júnior, Régis e outros) para futuros gestores. Doei-me, dei o tetra. E ainda há quem me chame de malfeitor do clube".
Notas & notas
Entendo o desabafo do Renan. Ele foi mesmo muito injustiçado. Sacrificou-se (até financeiramente). Futebol tem disso. É triste. /// Será amanhã, dia 16, de 8 às 12 horas, no Campus da UFC no Pici (auditório do Centro de Ciências), a II Jornada de Doping. Promoção da Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva e UFC. Entrada franca. Palestrantes: professor De Rose, Marcos Strozberg, Marcelo Girão, Miguel Ricardo e José Roberto Barros.
Colaborador
No dia 15 de setembro de 1947, há 64 anjos, o pesquisador Airton Fontenele publicava no "GOAL", semanário local, a sua primeira matéria na imprensa esportiva, sob o título "O Brasil precisa de estádios". Não mais parou. Em 1949, no "O Estado", fez campanha pela conclusão do PV. Em 1952, na Gazeta Esportiva de São Paulo escrevia a "Página do Ceará". Escreveu seis livros sobre a Seleção Brasileira. Aos 84 anos de idade, ele segue em ação. Parabéns.
Recordando
Time do Ceará de Juazeiro do Norte. Pertencia a uma fábrica de cajuína. Esse Ceará foi fundado na década de 60. E encerrou suas atividades na década seguinte já no Estádio Mauro Sampaio (Romeirão). A partir da esquerda (em pé). Jair, Zé Meu, Cícero, Daniel, ? , e Sóstenes. Na mesma ordem (agachados): Pereira, Lino, Anduiá, Mimi e Jaime. (Colaboração de Tarcísio Facundo).