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Legenda: Um baita jogador
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Seguidores de ídolos

A moda dos carecas nos campos de futebol praticamente passou. O auge foi no tempo de Ronaldo Fenômeno e Roberto Carlos que rasparam seus cabelos a zero. Aí centenas de jogadores fizeram o mesmo. Depois, Ronaldo deixou apenas um triângulo de cabelo como quem só pensava naquilo. Desta vez houve poucos seguidores. Agora a moda é imitar o corte de cabelo do Neymar. A moda pegou dentro e fora dos campos de futebol. Leandro, do Grêmio, desfilou no PV algo semelhante. Crianças e adolescentes cortam os cabelos à moda do ídolo do Santos. Até meus filhos pediram-me para eu entrar nessa onda. Mas minha idade não me permite certas extravagâncias. Não tenho nada contra. Acho a juventude linda porque se solta e faz o que considera apropriado. Tudo a seu tempo. Não importa o corte do cabelo, importa mesmo o que a cabeça pensa.

Um baita jogador

Sou admirador do futebol de Eusébio, desde quando ele jogava no Horizonte na ala ou na meia. Atleta versátil, pois de combate permanente, incursões no campo adversário e tiros fortes de longa distância. Contra Flamengo, no PV, ele acertou um que o goleiro Felipe pegou. Mas contra o Grêmio não houve perdão: um golaço que colocou o Ceará na rota da vitória, deu a Eusébio mais confiança e ao técnico Mancini a certeza de que, no banco, há um canhão à disposição do alvinegro.

Esvoaçantes

Dema, veterano jogador que foi ídolo no Pará e aqui, ganhou, pelos cabelos longos que usava, atenção especial nas narrações do Gomes Farias que dizia: "Lá vai Dema com seus cabelos esvoaçantes". Na década de 70, o zagueiro Osíris, que brilhou no Cruzeiro/MG, marcou época no Fortaleza com seu cabelo estilo black power. Mas não havia as badalações de hoje. Nos anos 70, eu mesmo deixei meus cabelos crescerem bastante, de acordo com a moda de então. Agora, já pela visibilidade dada pela TV, há um exagero promocional em cima disso. Mas gosto da criatividade dos jovens. Queira Deus que essa criatividade não se limite aos cabelos, mas venha em dribles e gols, movida por muito talento.

Esperança na meia-cancha

Se o meia Zé Augusto estiver no ponto ideal mesmo, o Fortaleza terá uma nova e perigosa arma para encarar o Guarany de Sobral. Zé, além de dar ritmo forte, em velocidade, também faz belas conclusões de média e longa distância. Por onde passou foi assim, quer no Icasa, no Guarani, quer no Ceará. Tipo do jogador para os momentos de decisão.

Sem desespero

Não entendo a dificuldade do Fortaleza na Série C nacional, se até no time "B" o Leão tem bons jogadores como Gilmak, Magal, Régis e Eduardo. Há algo que não se explica no Pici. Houve tempo, sim, para ajustar melhor a equipe. Lembram-se da pré-temporada comandada por Ferdinando Teixeira? Agora só uma vitória em Sobral reverterá as incertezas. Mas vale uma advertência: nada de transformar o jogo no Junco numa batalha de desesperados.

Selecionadas

O Brasil sub-20 enfrenta Portugal na decisão do Mundial da categoria, amanhã, em Bogotá, em busca do Penta. Foi campeão em 1983, 1985, 1993 e 2003. Detalhe: o Brasil perdeu a decisão do mundial em 1991, em Lisboa, diante de Portugal que então tinha Figo e companhia. Portugal ganhou nos pênaltis (4 x 1), após 0 x 0 no tempo normal e na prorrogação. Observação: no atual certame, Portugal ainda não sofreu gol. (Dados de Airton Fontenele).

Recordando

1991. O jogador Gerlúcio no estrela do Mar de Aracati/CE. Gerlúcio teve seu melhor momento no Fortaleza. Depois do Leão do Pici, Gerlúcio transferiu-se para o Botafogo da Paraíba. na foto, Gerlúcio sendo entrevistado pelo repórter Carlos Garcia, da Rádio Cultura de Aracati. (Colaboração de Jerônimo Monteiro, presidente da AIFA (Associação dos Ídlos do Futebol Aracatiense).