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Beleza e harmonia

A Série A do Campeonato Brasileiro concluiu a sétima rodada. Pausa de uma semana neste início de Copa América. Numa avaliação passageira, nota-se que não há equipes deslumbrantes. Nenhuma com o toque e o encantamento de um Barcelona. O líder Corinthians, que alcançou sua terceira vitória consecutiva, experimenta ótima ascensão, mas nada de extraordinário ainda. Pode ser paradoxal, mas é o Santos, que só no sábado saiu da zona de rebaixamento, o time de maior beleza e harmonia. Sua posição (11º) é consequência da utilização de equipe reserva na Série A, quando priorizou a Copa Libertadores. E a convocação de ídolos como Neymar e Ganso para a Copa América também reduziu o potencial do grupo. Mas mesmo assim, no momento entendo ser o Santos o melhor time do Brasil. Os concorrentes estão mais oscilantes.

A zaga titular

Fabrício é referência. A campanha do Ceará não anda bem. Mas o negócio é olhar para frente. A falta de confiança decorre da irregularidade de produção. Jogou bem contra São Paulo e Palmeiras, mas sumiu nas derrotas para o Atlético em Goiânia (4 x 1) e o Coritiba no Couto Pereira (3 x 1). Detalhe: quando a zaga titular (Fabrício e Erivelton) não atuou, tomou sete gols. Na derrota em Goiânia, jogaram Anderson Luís e Erivelton; na derrota em Curitiba, Fabrício e Sacoman.

Outros mais

O São Paulo aqui esteve, ganhou do Ceará num jogo em que não atuou bem e depois danou-se a perder. /// O Palmeira foi derrotado pelo Ceará e mostrou limitações. Houve momentos em que Wellington Paulista e Kleber nem pareciam jogadores de time da elite. /// Em ascensão o Botafogo/RJ. São seis jogos sem perder. Sua única derrota foi na estreia diante do Palmeiras. No Bota está Márcio Azevedo que teve ótima passagem aqui. E mais: Maicosuel, Elkeson e Herrera, que brilharam na vitória sobre o São Paulo. /// São times que ocupam o G-4, mas ainda variando muito na produção. Será preciso mais algum tempo para se saber qual deles passará a um patamar superior.

Duplo salto de qualidade

Os atacantes Wellington Amorim e Léo Andrade estão bem na ótica e nas observações do técnico Ferdinando Teixeira. São bons jogadores. Léo já teve bons momentos no Leão. Wellington, quando no Ceará, exerceu papel diversificado na linha de frente, com bom aproveitamento. Duplo salto de qualidade no setor ofensivo tricolor. Esperança de gols na Série C.

Conclusões

Faltam apenas 13 dias para o Fortaleza estrear na Série C nacional. O afunilamento dos preparativos entra numa semana decisiva. Ferdinando Teixeira deu os indicativos de como quer o time jogando. Mas não é ainda uma postura definitiva. Seguirá fazendo outras análises. Mas vale um lembrete: terá de apressar as conclusões. Está quase na hora, amigo. No dia do jogo em Maceió, não mais caberá dúvidas, incertezas. Estas terão de ser dirimidas já.

Esperança

O retorno de João Marcos, quinta-feira, contra o Atlético/MG, faz renascer a esperança de um sistema marcador implacável. Quando João está ausente, mais de nota a falta de seu trabalho na proteção. Basta ver o que houve em Curitiba. /// No ataque do Ceará, Osvaldo terá de fazer uma reflexão. Se insistir na determinação de querer driblar seguidos adversários, sempre perdendo a bola, terminará prejudicado, pois não dá sequência às jogadas.

Recordando

Década de 1960. Seleção de Juazeiro do Norte. A partir da esquerda (em pé): Wilton Bezerra (então assessor de imprensa), Ramos, Zé Cícero, Vavá, Pirajá, Renê e Orlando. Na mesma ordem (agachados): Jaime, Joãozinho, Geraldino Saravá (o maior artilheiro do Castelão com 98 gols), Cirineu e Loulança. Local: Antigo Estádio da LDJ, em Juazeiro, do Norte, onde hoje há um condomínio residencial.