Mansa e calma classificação alvinegra

O Ceará fez o que lhe cabia: administrou a vantagem e eliminou o Brusque. Apesar de ter sofrido um gol de pênalti aos 18 minutos do primeiro tempo, convertido por Alex Sandro, o Alvinegro Cearense não perdeu a tranquilidade em nenhum momento do jogo. Teve uma bola de Leandro Carvalho que Everton tirou em cima da linha. Aos 44 minutos, após receber passe perfeito de Vina, Sóbis empatou, consequência natural de quem estava perdendo no placar, mas não perdera as rédeas da partida.

Na fase final, o Ceará voltou bem melhor. Vina resolveu repetir o repertório de enfiada na medida. E Sóbis resolveu repetir também a conclusão na medida: Ceará, 2 a 1. Depois da virada, o Brusque desabou de vez. Veio o terceiro gol, marcado por Bergson, que recebeu de Felipe Baxola um passe açucarado. O quarto gol, marcado por Airton (contra) revelou o Brusque em pedaços. Classificação garantida, um festival de substituições. Entraram pelo Ceará Kelvin, Léo Chú, Wescley, Bergson, Felipe Baxola. Quando parecia que tudo estava definido, Tiago Pagnussat colocou a última pá de areia. Foi bem mais tranquilo do que se esperava. Agora o Ceará, reabilitado e confiante, aguardará o Goiás.

Semelhança

Santos e Fortaleza fazem campanhas bem próximas em virtudes e defeitos. O aproveitamento do Santos é de 48.5%. O do Fortaleza é 45.5%. O Santos ganhou do Ceará no Castelão (0 x 1), mas não mereceu. Vozão foi melhor. O Ceará teve três chances claras com Leandro, Matheus e Lima. E uma bola na trave que Vina mandou. O árbitro Wagner Reway prejudicou muito o Ceará.

Bem conhecidos

No Santos, o Fortaleza vai encontrar Jean Mota que teve ótima passagem pelo Pici. Chegou aqui como desconhecido, mas logo se firmou. Além de Jean Mota, lá estão Felipe Jonatan e Marinho, ex-jogadores do Ceará. Marinho vem se destacando mas, no empate com o Botafogo no Engenhão, o atacante Arthur Gomes jogou muito bem. Cuidado com ele.

Mísseis

Quem tem mísseis nos pés como Felipe, volante do Fortaleza, deveria tentar mais vezes as conclusões de longas e médias distâncias. O aproveitamento poderia ser bem maior se Felipe insistisse nesse tipo de finalização. É um trunfo que está sendo explorado de forma limitada pelo Fortaleza.

No atual quadro da FCF, há 12 árbitros-CBF. A minha dúvida é: para subir pesa apenas a qualidade do profissional ou a influência política é que terá força para abrir portas e oportunidades? Com a palavra o presidente da Federação Cearense de Futebol, Mauro Carmélio.

Após o êxito de Dacildo Mourão como árbitro-Fifa (1995 a 1999), não mais houve um cearense que alcançasse padrão internacional. Dacildo apitou três jogos pelas Eliminatórias da Copa de 1998: Uruguai 1x1 Colômbia, Peru 1x1 Paraguai, Chile 1x2 Argentina.