Depois da importante vitória do Leão sobre o Cruzeiro em Cariacica, no Espírito Santo, a pergunta que mais ouvi foi: o Fortaleza terá condições de se sagrar campeão brasileiro da Série A no presente ano? A princípio, parece um sonho impossível. Mas o Leão está na briga, sim.
Ainda faltam 17 rodadas para terminar a competição. Até lá, muita coisa poderá mudar. Há times que sobem de produção no returno. Lembram da Série A de 2022? O Fortaleza passou todo o primeiro turno na zona de rebaixamento. Reagiu no returno. E conseguiu uma vaga na pré-Libertadores.
No ano passado, aconteceu o contrário com o Botafogo. Chegou a abrir 13 pontos de vantagem sobre os concorrentes. O título de campeão estava certo. De repente, veio uma sequência interminável de derrotas. Resultado: o Palmeiras foi campeão. O Botafogo ficou em quinto lugar.
Então, é impossível responder agora uma pergunta tão difícil. Mas não duvidem de um time que ganhou do São Paulo (duas vezes), do Palmeiras, do Cruzeiro, do Flamengo, do Grêmio e do Fluminense. É bom pensar no título na hora certa.
Luta
Os resultados mostram um Fortaleza preparado para os mais duros desafios, quer na Série A, quer na Copa Sul-Americana. O risco do foco em duas competições é o desgaste, máxime quando os jogos são próximos. Os sinais de cansaço devem ser examinados com extremo rigor pela comissão técnica.
Recado ao mundo
Há cenas no pódio que se eternizam pela forma como acontecem. Inesquecível o gesto do capitão Bellini ao erguer a Taça Jules Rimet, quando o Brasil ganhou seu primeiro título mundial de futebol na Suécia. Ninguém tinha feito nada igual antes. Pois o pódio em que Rebeca Andrade comemorou o ouro foi um recado à humanidade.
Exemplo de humildade
Quando Rebeca Andrade estava no pódio, comemorando o ouro no solo, Simone Biles (2ª) e Jordan Chiles, ambas dos Estados Unidos, abaixaram-se e, curvadas, fizeram uma reverência, apontando para a campeã. Um gesto de humildade e de respeito. Um pódio assim nunca visto antes. Bela mensagem em prol da união dos povos.
Lição
Simone Biles e Jordan Chiles ensinaram que Olimpíada é competição pacífica, onde vencedores e vencidos podem conviver em plena harmonia. Num ato tão simples, a lição contra a violência que há principalmente no futebol. Uma lição contra os que promovem as guerras e as matanças. Uma lição contra o ódio.
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