Futebol cearense decola na Série A

Legenda: Alvinegro comemora gol na partida contra o Atlético/GO
Foto: Foto: Israel Simonton/cearasc.com

O Ceará encaixou a segunda vitória consecutiva. Vitória construída com inteligência, mas experimentando dificuldades. Na primeira fase, jogo morno, sem graça. Houve a perigosa cabeçada de Clebão, que Jean defendeu, e duas boas defesas de Prass. Na fase final, logo no início, novamente Clebão assustou. O Atlético tomou gosto. Apertou. Mas, quando se mostrava com melhor iniciativa, veio a jogada de Vina, também divina, que fez a diferença: golaço. Ele tirou do alcance do goleiro Jean. Ceará 1 a 0. O Atlético seguiu em cima. Chico, ex-Ceará, acertou o travessão de Prass. Marlon perdeu outra chance para o empate. Pouco depois Marlon foi expulso. Com 0 x 1 de vantagem e um jogador a mais, era para o Ceará ter tomado conta. Demorou. E ainda permitiu perigosas tramas de ataque do Atlético. Por pouco não sofreu o empate. Só na reta final assumiu o controle, máxime quando trabalhou jogadas de velocidade com Mateus Gonçalves. Como no triunfo diante do Vitória no Barradão, Guto colocou a habilidade de Lima. O segundo gol poderia ter saído com Mateus, mas foi Lima que fechou a conta (0 x 2). Bela vitória para valorizar o Clássico-Rei.

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Retomada tricolor

Não tenho dúvidas do reencontro do Fortaleza com a sua identidade. Voltou a ser o time de personalidade, confiante no seu potencial e pronto para realizar uma campanha à altura de sua qualificação. Não faz muito, a torcida clamava por uma vitória. Ganhou mais uma. E ganhou bonito. Muito bem. O gol de Wellington Paulista foi de elevada categoria.

Resultados

Talvez hoje, já com a confiança restabelecida, o Fortaleza conseguisse melhores resultados diante do São Paulo e do Corinthians. Contra o São Paulo perdeu (1 x 0) injustamente. O resultado correto deveria ter sido empate. E contra o Corinthians (empate, 1 x 1), poderia ter trazido a vitória. Mas é isso mesmo. Tudo a seu tempo.

Imprevisível

Fortaleza e Ceará fazem o clássico na quarta-feira. No dia 15 de julho, na volta às atividades após o isolamento, jogo válido pela segunda fase do Campeonato Cearense, o Fortaleza ganhou (2 x 1) e foi muito melhor mesmo. Os dois se reencontraram no dia 28 de julho, semifinal da Copa do Nordeste. O Ceará ganhou (1 x 0). E mereceu. Agora, um tira-teima.

Pílulas

A Pandemia obrigou a FCF a marcar as finais do certame Cearense, levando em conta também as datas da Copa do Brasil e da Série A nacional. Por ironia, o jeito foi seguir a linha de afastamento, tão própria do isolamento social: uma em setembro outra em outubro, em virtude da situação.

Essa pandemia trouxe de tudo. Antes, a distância entre os jogos finais era de três dias ou, no máximo, de uma semana. Agora, a distância de 21 dias cria um vazio maior do que o já existente com a ausência da torcida. Em 21 dias muda tudo. Nem parece o mesmo campeonato.



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