O VAR, sempre o VAR. Desta vez o VAR omisso no lance em que o zagueiro do Atlético, Igor Rabelo, deveria ter sido expulso pela falta cometida em André Luís, quando este tinha todas as condições para fazer 3 a 1 e matar o jogo. O resto da história todo mundo sabe, ou seja, quatro minutos depois o Atlético empatou. No lugar dos três pontos, o Leão faturou só um. Perdeu dois pontos que seriam essenciais na contagem para aumentar as chances de permanência na elite 2020.
Mas o Fortaleza há que admitir sua "mea culpa" quanto ao empate porque teve um tempo inteiro com um jogador a mais. Um tempo inteiro para matar o jogo. Um tempo inteiro para se estabelecer. Enfim, tudo para definir. Não definiu. Pagou caro. Ninguém pode dar espaço aos azares no futebol. Placar de diferença mínima não segura ninguém, máxime em dia em que falhas individuais gritantes estavam acontecendo na saída de bola do Leão. Resultado é que o Fortaleza deixou passar uma das melhores oportunidades para crescer mais. Ficou no ar a terrível sensação de coisa perdida. Afinal, a vitória esteve ali pertinho, ao alcance das mãos, mas sumiu de repente.
Surpresa
No Allianz Parque, enganou-se quem pensava que o Palmeiras passaria por cima. Eu mesmo pensei que, com tantos problemas, o Vozão quedaria humilhado em São Paulo. Vi um Ceará altivo. Jogou muito bem. Encarou o Palmeiras, principalmente no segundo tempo. Não merecia perder.
Milagres
Quando o goleiro está abençoado, não há quem o vença. Corpo fechado. Nem flecha passaria ali na trave de Weverson. Nem pênalti, nem falta, nem de perto, nem de longe, nem pelo alto, nem por baixo. O goleiro aumenta de tamanho. A trave diminuiu. Bergson está perdoado. Na noite de sábado, ninguém furaria a meta do Palmeiras.
Consolo
Frustração do Ceará decorre do fato de ter tido a vitória ao seu alcance. Todas as condições de trazer três pontos. O Palmeiras, vice-líder, em nenhum momento foi melhor que o Ceará. Parabéns ao Adilson Batista pela escalação que surpreendeu com Cristovam na lateral-esquerda, Auremir e Chico. Por mais paradoxal que pareça, perdeu o jogo, mas foi melhor. Não sei se vale o consolo, mas é a pura verdade.
Notável momento viveu Gabriel Dias pelo Fortaleza no empate com o Atlético-MG. Não apenas pelos dois gols que ele marcou, mas pela sua participação coletiva, inclusive salvando um gol do Atlético já na última linha. Pena não ter saído com a vitória como merecia, já para coroar sua bela atuação.
Os erros de finalização continuam sendo motivo de frustrações para os clubes cearenses. A perda do pênalti por Bergson foi cruel, se bem que numa noite de goleiro fechado. Também cruel para o Leão ter tido tudo para matar o jogo com o Atlético/MG, mas desperdiçou inúmeras chances. Aí veio o castigo.