Fortaleza pronto para sair da zona

Leia a coluna do Tom Barros

Escrito por
Tom Barros producaodiario@svm.com.br
Legenda: Vojvoda, técnico do Fortaleza.
Foto: Thiago Gadelha/SVM

as malas e partiram em busca de novas opções. Outros poderão seguir o mesmo caminho ou, como se diz no “cearensês”, pegar o beco. É assim a busca por novas posturas e novos resultados. 

O principal objetivo, hoje, é sair da zona de rebaixamento. Essa zona cria um clima constrangedor. Os próprios jogadores se sentem em um plano inferior. A torcida é vítima de gozações. Enfim, é uma situação vexatória, máxime para quem no ano passado foi o quarto melhor time do Brasil. 

Pior é que o Santos também passa por momento semelhante. Aliás, até pior que o do Fortaleza, pois está em 18º, com dois pontos a menos que o Leão. O Santos que já foi bicampeão do mundo. O Santos que já foi de Pelé. O Santos do maior ataque de todos os tempos: Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Foi. 

Hoje, em um outro cenário completamente diferente, Fortaleza e Santos entram em campo. Os dois estão vindo de derrotas. O Santos, em casa, perdeu para o Botafogo (0 x 1). O Fortaleza levou um baile no Maracanã (5 x 0). É hora de recomeçar. 

Paralisação 

Depois da rodada de hoje, a Série A dará uma pausa. Só voltará no dia 07 de julho. Um mês. A paralisação pode ser vista sob dois ângulos. Para alguns clubes, chega na hora certa. Para outros clubes, chega na hora mais errada do mundo. Para quem está bem, é ruim. Para quem está mal, é ótima. 

Benefício 

Para o Fortaleza, a meu juízo, a pausa chega no momento oportuno. Ótimo tempo para o treinador Vojvoda pensar e repensar suas propostas. Buscar novos caminhos, novas composições, novas estratégias. São 30 dias para organizar o Leão. Treinar muito até alcançar o que costumo chamar de sintonia fina. 

Nem tanto 

Para o Ceará, já vejo a coisa diferente. Se por um lado a paralisação permitirá a recuperação física de alguns atletas, por outro lado vai quebrar o ritmo crescente que o time vinha alcançando. Como voltará o Vozão? É imprevisível o que possa acontecer. Não digo começar do zero. Mas quase. 

Todos 

Há quem argumente que a paralisação é para todos. Portanto, todos estarão sujeitos às mesmas situações. Acontece que os reflexos não são iguais para todos. Há times que sentem mais. Há times que sentem menos. Isso só será avaliado quando a bola voltar a rolar.  

Privilégio 

Os quatro times brasileiros, que estão na Copa do Mundo de clubes, continuarão em atividade. Palmeiras, Botafogo, Flamengo e Fluminense não terão quebra de ritmo. Em compensação, vão alegar os desgastes de uma competição de alta performance. Conclusão: cada um olhando para seu umbigo.

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