A rodada de hoje apresenta circunstâncias bem diferentes para tricolores e alvinegros. Aqui, no Castelão, a vitória do Fortaleza sobre a Chapecoense é tida e havida como certa. No Estádio Francisco Stédile (Estádio Centenário), em Caxias do Sul, a vitória do Grêmio sobre o Ceará também é tida e havida como certa. Acontece que, no futebol, nem sempre vencem os favoritos, por maiores e significativas que sejam as suas vantagens. Assim, o Fortaleza deve evitar o perigoso e traiçoeiro "já ganhou" que tem derrubado do pedestal os soberbos. Situação semelhante vive o Grêmio-RS. Considerado um dos melhores times do Brasil, o Grêmio pinta de favorito absoluto diante de um Ceará ainda confuso. O Vozão recebe os primeiros ensinamentos do novo treinador, Adilson Batista. Com pouco tempo para orientar treinos específicos, Adilson vai doutrinando durante os próprios jogos. É um trabalho difícil que requer assimilação não só nos ensaios, porque são poucos, mas durante o próprio ardor das disputas oficiais. Enfim, uma jornada dupla que, ao término, dependendo dos resultados, dará graça à esperança ou trará de vez mais apreensão.
Vantagem
Pelas circunstâncias, o Fortaleza com Edinho, Osvaldo, Wellington Paulista e um companheiro a ser escolhido por Rogério Ceni terá amplas condições de ganhar o jogo. O modelo preferido de Ceni, 4-2-4, parece mesmo o mais apropriado para o jogo de hoje. A Chape, lanterna, tem de abrir a guarda porque para ela nem o empate interessa.
Desvantagem
O Ceará está numa situação bem diferente da situação do Fortaleza, que joga em casa e contra o lanterna. O Vozão estará na casa do adversário, diante de um time que está na fase semifinal da Libertadores da América e ainda mantém pretensões do título nacional 2019. São dois desafios com características próprias.
Tempo
Se Juninho Quixadá suportar pelo menos um tempo de produção intensiva, o potencial ofensivo alvinegro crescerá sobremaneira. A habilidade de Juninho, com seus dribles curtos, não raro quebra a marcação adversária, facilitando a geração de momentos de gol. Só no jogo passado, com menos de quinze minutos em campo, ele fez isso em três ocasiões.
Contraproducente a posição da torcida do Ceará que resolveu vaiar o atacante Leandro Carvalho, toda vez que na bola ele pegava na partida diante do Goiás. Resultado: exercia uma marcação no seu próprio jogador, fato que só beneficiava o visitante. Uma vaia passageira incomoda, uma vaia permanente destrói de vez. Aconteceu.
Com as mãos. O goleiro Boeck não tem a mesma habilidade de sair jogando com os pés como tem o goleiro Felipe Alves. Mas nada fica a dever quando se trata de praticar defesas seguras, notáveis. Quanto a não sair jogando com os pés, a uma compensação: não expõe o Leão a certos riscos como o que resultou no gol contra de Juninho.