Dura realidade

O futebol do Ceará não é de subida. Ficou claro na derrota em Salvador. Não foi melhor que o Bahia nem quando esteve à frente no placar. Faltou ao alvinegro qualidade; ao Bahia, sobrou. Ouvi que matematicamente ainda dá para o Ceará. Os números provocam ilusões; o desempenho as desfaz. A fase final do Ceará foi triste. Correu atrás do Bahia. Viveu atrás do Bahia. Morreu atrás do Bahia. É impossível querer que Everson salve todas. Dura realidade: desonerou o time alvinegro. Como pode querer subir quem resumiu seu repertório positivo a um lance de Felipe para o gol de Lelê? Peguem a calculadora. Façam as contas. Antes, porém, tentem descobrir o que verdadeiramente é o Ceará. No papel é um; em campo, nada. Quando vocês decifrarem, avisem-me.

Intrigado

A não escalação de Raul me deixou intrigado. Nos dois jogos passados o jovem entrara e dera consistência. Isso resultou no melhor desempenho de Felipe e Felipe Menezes. Coincidência ou não, sem Raul em campo Felipe Menezes teve ruim desempenho e Felipe, fora o lance do gol, também ficou devendo.

Mexida

Brutal diferença: com a entrada de Victor Rangel e Régis, o Bahia imprimiu velocidade e tomou conta do jogo. Com a entrada de Diego Felipe, Serginho e Rafael Costa o Ceará afundou de vez. Régis fez a diferença. Desfilou pela atônita defesa alvinegra. Deu assistência e fez um gol. No Ceará, Raul no banco. Meu Deus...

Recordando

Década de 1970. A partir da esquerda: engenheiro José Lino da Silveira, médico Euler Pontes e o médico Fernando Façanha. Três vitoriosos dirigentes do futebol cearense. Zé Lino foi campeão cearense pelo América (1966) e pelo Ceará (1971). Euler Pontes e Fernando Façanha igualmente foram campeões estaduais presidindo o alvinegro de Porangabuçu. Euler segue firme e forte. Zé Lino e Fernando já morreram. Resta a saudade.

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Novo perfil

De uma forma geral, parece que todos os candidatos à presidência do Fortaleza concordam num ponto: renovar o elenco. E renovar pela média de idade. Tudo bem. Concordo. Mas é imprescindível pelo menos a presença de um ou dois veteranos para segurar a moçada nos momentos de maior adversidade. Um novo perfil é preciso, sim.

Questionamento

Com relação à presença de veteranos, o tema não é pacífico. E o argumento é forte. O Fortaleza, com o então veterano e bom Geraldo fracassou no desafio de subir. O veterano volante Corrêa, referência no clube, participou de três matas-matas (Macaé, Brasil e Juventude). Resultado: fracassou nas três tentativas. Assunto polêmico.

Persistente

O advogado Alexandre Borges tenta mais uma vez chegar à presidência do Fortaleza. Nas eleições anteriores não logrou êxito. Mas insiste, persiste, não desiste. Acredita que o seu dia chegará. Lembra antigo reclame da Loteria Estadual do Ceará. Que seu projeto seja examinado com carinho pelos eleitores. A persistência é também uma virtude.

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Notas & notas. Tenho acompanhado o site oficial do Ferroviário. Está bonito. As opções na loja virtual são excelentes. Mas vai daqui uma crítica construtiva: na parte de notícias poderia ser atualizado de forma mais constante. /// A campanha do Vasco da Gama não condiz com o status que o time ostenta: quatro vezes campeão da primeira divisão do Brasil. Tudo bem que tem time para subir, mas, se não melhorar a qualidade do elenco, correrá o risco de ser rebaixado no ano seguinte.