Coluna Tom Barros

Sinal de alerta

O favorito Ceará, líder absoluto, com 100% de aproveitamento na Copa do Nordeste, recebe logo mais o Potiguar. O visitante há surpreendido. Tem no elenco jogadores bem conhecidos do futebol cearense como Laênio, Tiago Granja, Rogério, Vavá, Índio e Reginaldo Júnior. Bons jogadores, sem dúvida. Mas as estruturas e as circunstâncias são favoráveis mesmo ao Ceará. De qualquer forma, é bom o alvinegro evitar otimismo além dos limites. A vitória do Potiguar sobre o Treze (2 x 1) e o empate com o CRB (1 x 1) dentro de Maceió servem de alerta ao Vozão.

Recordando.
Há alguns dias, escrevi sobre irmãos que atuaram no futebol cearense, ora na mesma equipe, ora em times diferentes. Recebi depois novos nomes. Vou divulgando na medida em que me forem chegando. Pepeta e Maurício Gafieira jogaram no Gentilândia na década de 1950. Família Gadelha: Babá (Mário Braga Gadelha) e Mauro jogaram no Ceará em 1952. Babá fez parte do time do Flamengo do Rio, tricampeão em 1955. Da família Roseo, eu tinha citado Marcos, Jombrega e Zé Maria, acrescento agora Otávio. Na família Nunes Freire, três irmãos atuaram: Adhemar (Pintado), Aldenor (Capotinho) e Asdrubal (Dudu). E irmãos narradores esportivos? Bom, eu lembro apenas do José Monteiro e Jair Monteiro com os quais trabalhei na Rádio Uirapuru na década de 1960.

Terceiro jogo. O técnico Arnaldo Lira comandará hoje pela terceira vez o Ferroviário. A expectativa é de que haja avanços. Lira andou pedindo mais empenho e ação dos jovens. Recado dado: quem não se enquadrar, sebe o destino.

Equilíbrio

Gostei do Quixadá na estreia. Perdeu (1 x 3) para o Leão, mas deu trabalho. Já ali mostrou que poderia evoluir bem com Gladstone, Bruno Ocara, Paulinho e Lequinha. Encostou no G-4 e grudou no Ferroviário. Mas ainda oscila como provam os demais resultados.

Desafio

Não há favorito no Castelão. O Ferrão ainda luta por descobrir a formação ideal. O Quixadá fez bonito na vitória sobre Horizonte (2 x 1), mas se complicou e perdeu para o Tiradentes (3 x 1). Essa variação não permite análise segura.

É como o professor diz: time ganha jogo; grupo ganha título. Eu e o Leandro saímos do banco e conseguimos decidir o jogo".

Assisinho

Atacante do Ceará (sobre o desempenho dele e do Leandro no jogo passado).

Vovó Maria

Em 1972 uma idosa via três novelas. No final do dia, ela confundia personagens, galãs e mocinhas de novelas diferentes. Essa senhora era Maria Ventura, avó da Núbia Oliveira. Uma das novelas era "Uma Rosa com Amor", com Marília Pera e Paulo Goulart. Temo ficar como Vovó Maria, trocando times e atletas, tantos os campeonatos que vejo.

Cantar e assobiar

Um olho no Peixe e o outro no Ceará. Tubarão no PV; Ceará no Castelão. Mistura da Vovó Maria tem tudo a ver. Cuidado para não trocar as bolas: Magno Alves no Ferrão; Iarley no Ceará. É jogo demais. Não é bom ver dois jogos ao mesmo tempo. Velho ditado: quem canta não assobia. Mas no futebol cearense temos de fazer as duas coisas.

Na ilha

O Guarany/S segue com bons resultados e produção. Um time apresentado agora com jogadores como Furlan, Adriano e Maranhão, desconhecidos do público cearense, mas de boa qualidade. O empate com o Náutico em Recife foi a senha. O Sport que se cuide amanhã na Ilha. O técnico Vladimir de Jesus (foto) disse que surpreenderia. E está surpreendendo mesmo.