Coluna Tom Barros

Cartas e cartões marcados

Retorno das férias e já me deparo com o que mais detesto no futebol brasileiro: o tapetão. Aí o Fluminense permaneceu na elite e a Portuguesa foi rebaixada. Lembrei do que aconteceu com o Crateús há dois anos. Também um equívoco nessas questões de cartões fez cair o Crateús e subir o Ferroviário. Vejo muito de política nas decisões dos tribunais desportivos. É triste. A inadvertida escalação de um atleta punido difere da escalação doloso, por ma-fé. Isso deveria ser levado em conta. Mas, quando o destino de um time grande está em jogo, pouco importa a intenção de quem, por vacilo, escalou um punido atleta de time menor. A tendência do julgamento é salvar mesmo o time grande.

Encaminhamento

Pouco a pouco, as contratações estão sendo anunciadas pelos diversos times que formam a elite cearense. Até agora nada além dos limites que o os nossos clubes podem suportar. De qualquer forma, estou gostando das iniciativas. E quero acreditar que teremos um campeonato estadual de bom nível.

Em casa

Restou provado que as Séries B e C nacionais não estão além do que o futebol cearense pode alcançar. Talvez um pouco mais de ousadia e rapidez na correção dos rumos evitem em 2014 as frustrações vividas este ano. Faltou pouco. Mas o pouco que faltou, por mais paradoxal que pareça, os times daqui tinham em casa, mas não souberam usar.

A lição

O Ferroviário, que há dois anos escapara da degola por erros de contagem dos cartões do Crateús, agora deu a volta por cima e não ficou a depender de equívocos de terceiros. Pela própria pontuação, logo se garantiu na elite. Aprendeu a não ficar à mercê de casos fortuitos. Cuidou de fazer em campo a sua parte. E fez bem. Conquistou de forma legítima, nas quatro linhas, a vaga na primeira divisão cearense 2014. Nada a ver, pois, com a classificação anterior, advinda do tapetão. Pegou melhor para um time da tradição e grandeza do Ferroviário.

Recordando. Festa pelos 27 anos do Racha da Amizade. A confraternização de amigos e convidados de diversos bairros de Fortaleza culminou com um jogo de futebol no CT Uniclinic (Lagoa Redonda). A partir da esquerda (em pé): André, Carlos Júnior, Carlos Eduardo, Beto Filho, Mauro, Márcio, Daniel e Almir. Agachados: Beto, Ribamar, Inaldo, Rafael, Chicão e Flavinho.

Valeu, amigo

O recado do PC Norões. Nesse período em que tirei férias, o PC, com moderação, competência e zelo profissional tocou o barco. Meu sincero agradecimento ao amigo que vi nascer para o rádio na Verdinha, acompanhei seu crescimento da TV Verdes Mares e TV Diário e, enfim, sua definitiva afirmação no nosso jornal. Valeu!

Missão cumprida

Quando termina o ano esportivo, feliz o profissional que pode dizer: missão cumprida. Os técnicos cearenses Marcelo Vilar e Flávio Araújo alcançaram seus objetivos, mas seguem fazendo milagres apenas fora de casa porque ainda encontram resistência por parte dos dirigentes dos chamados times grandes daqui. Até Quando?

"O trabalho está sendo feito de forma criteriosa, de acordo com o que foi traçado pela diretoria e pela comissão técnica. O objetivo é chegar entre os quatro primeiros”.

Filinto Holanda
Técnico do Tiradentes