Coluna Tom Barros

Ritmo ascendente

O Fortaleza da estreia tímida em Quixadá deu lugar a um time que, em três jogos, revelou nítido progresso. A goleada sobre o Ferroviário veio de forma gradual, na medida em que o time se impôs, principalmente pela bela atuação de Walfrido, que foi quem liderou o Leão, levando-o a dominar as ações a partir dos trinta minutos do primeiro tempo. O ritmo ascendente do time do Pici tornou-se ostensivo na fase final, quando Edinho fez a diferença. Em tudo, uma certeza: a equipe de Marcelo Chamusca, sem alarde, vai ganhando consistência, harmonia. Se continuar assim, certamente alcançará o apogeu na época da decisão. E é porque só agora Marcelinho Paraíba está sendo lançado no grupo.

Imagens das Copas. Muito se fala em Jules Rimet, que deu seu nome à taça conquistada definitivamente pelo Brasil com o tri no México. Mas pouco é divulgada a foto desse francês, que teve a iniciativa de promover a primeira Copa do Mundo em 1930. Ei-lo à esquerda (cabelos brancos), segurando o troféu.

Nível e talento

O Campeonato Cearense, a despeito das limitações, há me agradado. As goleadas geram o que mais a torcida gosta: bola na rede. Imaginem quando o Ceará entrar na disputa. A propósito de Ceará, a enfiada de bola de Ricardinho para o gol de Magno Alves no Barbalha fez-me lembrar Gerson, Rivelino... Coisa de craque.

40 tricolores

Convocada por Lauro Chaves Neto, foi um sucesso a reunião dos 40 tricolores de aço que vão organizar ações para o centenário em 2018. Todos querem algo grandioso. No encontro, o jornalista Sílvio Carlos, muito aplaudido, ouviu referência especial do ex-presidente Ribamar Bezerra e de Geraldo Luciano. Sílvio analisa seu retorno ao clube.

Contraste

Enquanto em campo o Fortaleza anima, causa espécie a falta de harmonia nas esferas superiores. A saída do diretor de futebol, Adailton Campelo, provocou desconforto. Adailton não escondeu sua decepção, dizendo-se vítima de atos desleais, razão por que resolveu entregar o cargo. Não entendo a razão por que no Fortaleza é tão difícil a união de todos. Sempre há um ranço. Certa feita o ex-presidente Jorge Mota disse, a plenos pulmões no Debate Bola (TV Diário), que era impossível se pensar numa total união no Fortaleza. Pelo visto, Jorge tem razão.

Mágoas

Adailton Campelo cuidou de não esconder suas mágoas pelo que considera falta de consideração por parte de pessoas nas quais depositava extrema confiança no Pici. Embora indicando caminhos, procurou evitar acusações pesadas, diretas. Nada de diatribes. Em momentos, preferiu mesmo o eufemismo. Para um bom entendedor...

Solidariedade

Do médico Russen Moreira Conrado: "Fiquei impressionado com a cena de solidariedade dos jogadores e dirigentes diante do incidente com Teles, do Icasa. Após o jogo com o Horizonte, em círculo no meio do campo, oraram pelo jogador. Isso precisa ser cada vez mais valorizado nos gramados e nas mentes de quem enobrece o futebol".

"Para mim, que estou chegando agora e estou conhecendo o grupo agora, houve uma atuação razoável. No geral, não foi o que nós queríamos, mas foi bom".
Argeu dos Santos
Técnico, ao estrear no Itapipoca com empate diante do Crato