Coluna Tom Barros

Primeiro clássico do ano

Passado o jogo do Fortaleza ontem no Pici, os olhares se voltam para um dos mais tradicionais clássicos do futebol cearense de todos os tempos: Ferroviário x Fortaleza. Hora de avaliar melhor a produção das equipes. E agora no excelente gramado do Castelão. O Fortaleza sem o pretexto do gramado ruim de Quixadá e o Ferroviário tentando provar que goleou na estreia, não pela fragilidade do adversário, mas por seus próprios méritos. O Leão é composto por um grupo mais experimentado. O Ferroviário tem a referência de Iarley, mas é menos escolado nos clássicos. Taí o desafio para aquecer o certame. Previsão de grande jogo domingo próximo.

Revoada. O presidente do Catuleve (Clube de Aviação Desportiva), piloto André Nunes (aí ao lado do seu filho Arthur), empolgado com a representação cearense (20 aeronaves) que irá a Touros/RN, sábado próximo. Há anos a tradicional confraternização acontece no segundo sábado de janeiro, na festa de aniversário dos companheiros Adolfo e Tomé.

Estreia

Como virá o novo Icasa, após o desmonte do time que quase subiu para a Série A? Fazem parte do atual grupo o goleiro Dionantan, Airton Júnior, Teles, Foguinho, Pitbull, Bismarck, Wesgley, Douglas... Bons jogadores, mas ainda não há como comparar com o time de 2013. As circunstâncias, mormente as financeiras, são bem diferentes.

Adversário

O Quixadá, que enfrenta o Icasa em Juazeiro, mostrou qualidades na estreia. Os alas Gustavo e Ronaldo, o volante Glaydstone os meias Paulinho e Lequinha conhecem o jogo. O Verdão, mesmo em casa, deve se prevenir contra possível surpresa. Apesar de perder para o Leão, o Quixadá mostrou resistência. Alerta geral, pois.

Outros tempos

Desde a década de 1950, acompanho empolgantes jogos entre Fortaleza e Ferroviário. Decisões de turnos e de campeonatos. De certa época para cá, há predominância do Fortaleza. Mas o Ferrão teve também seus tempos de superioridade. O melhor do melhor, na minha avaliação, foi na época em que o Fortaleza tinha Mozart, Moésio, Benedito, Zé Raimundo. E o Ferroviário tinha Aldo, Zé de Melo, Macaco, Pacoti. O goleiro Dadá fazia sua parte no Ferroviário. O saudoso goleiro Aloísio II (Verdureiro) segurava a meta do Leão. O tempo passou.

Pênalti

O goleiro do Tiradentes, Fábio Lima, que no ano passado teve ótimo desempenho (ficou no rol dos melhores de 2013), já mostrou que este ano não será diferente. Além de belas defesas no empate Horizonte 2 x 2 Tiradentes, foi ele o primeiro goleiro a pegar um pênalti no atual certame. Fábio pode projetar voos mais elevados. Tem categoria para isso.

Diferença

De forma discreta chegou ao Ferroviário; de forma discreta Desessards saiu. Chamou minha atenção a diferença de cenário que ele mostrou: o antes e o depois dele. Ao chegar: sete meses de atrasos salariais. Não havia divisão por idade nas bases, escolinhas desativadas. Ao sair: sub-15, sub-17 e sub-20 delineados e escolinha com 400 alunos.

"Deixo o Ferroviário na certeza de ter feito ótimo trabalho. Ao chegar, havia apenas cinco jogadores profissionais. Hoje são 23 revelados, pertencentes ao clube".

Armando Desessards
Ex-coordenador técnico coral, que foi para o Criciúma