Mais uma "final"
Nunca o Ceará jogou tantas "finais" seguidas como está enfrentando agora. Lamentavelmente, nas anteriores, não se deu bem. Deixou sumir a aproximação do G-4 e ficou pendurado diante das subidas dos concorrentes. Não consigo analisar a produção alvinegra. Entender o que aconteceu com o time é impossível. Vi o Ceará dando show de troca de passes, num ritmo crescente. Aí entusiasmou até os mais exigentes cronistas. Depois, numa guinada negativa, o time desonerou de vez. Hoje, diante do Atlético/GO, a desesperada tentativa de manter aceso o sonho de chegar G-4.
Explicação. Magno Alves, numa entrevista à TV Diário, disse que essa "final" é igual às outras, mas com uma diferença: os erros cometidos não mais poderão ser repetidos. Resta esperar que na prática o discurso funcione.
Recordando. Faz tempo não vejo Hélio Show, um goleiro que na década de 1970, brilhou intensamente da meta do Ceará. Em 1972, fez uma de suas mais brilhantes atuações. Aconteceu no Pacaembu, em São Paulo. O Ceará perdeu do Corinthians por 1 a 0, gol de Sicupira no último minuto do segundo tempo. Hélio também brilhou no ABC de Natal. Está no rol de nomes que fizeram história no futebol cearense como Pintado, Ivan Roriz, Harry Carrey, Aloísio Linhares, George, Lulinha, Pedro Simões, Pedro Cruz e Pedronito, Sérgio Monte, Dadá, Gilvan Dias, Adir, Jairo, Aloísio II, Cícero Capacete, Jefferson, Romualdo e Ita, dentre outros. Hoje, Hélio Show mora em Natal. Peço ao meu amigo Everardo Lopes (Apito Final), da Tribuna do Norte de Natal, que leve meu abraço ao Hélio Show.
Adversário
O Atlético/GO é tão imprevisível quanto o Ceará. No Castelão, deu um nó no Ceará. Mas depois também não decolou e o seu treinador, PC Gusmão, terminou degolado. Ceará e Atlético, irmãos de incertezas, embora em extremos diferentes.
CompromissoObservei nas declarações de Leo Gamalho ainda um ar de esperança verdadeiro. Não aquela declaração fria, da boca para fora, mas a real que vem da alma, expressando vontade, lealdade, compromisso. Queira Deus dê certo.
"Para 2014 faremos um Quixadá forte. Tentaremos trazer de volta o técnico Daniel Frasson. Estaremos prontos para a estreia no dia 5 de janeiro".
Valmir AraújoPresidente do Quixadá
Curiosidade
O médico Russen Conrado fez oportuna pesquisa: em 2011, na 32ª rodada da "B", a diferença entre o 3º e o 9º colocados era de 6 pontos. Hoje, na 32ª, também a diferença entre o 3º e o 9º colocados é de 6 pontos. Detalhe: em 2011 quem subiu foi justo o quinto da 32ª rodada, ou seja, posição hoje ocupada pelo Icasa.
Comparações
No ano passado, na 32ª rodada da "B", a diferença entre o 3º colocado e o 9º, posição agora ocupada pelo Ceará, era de 19 pontos. Hoje é de apenas 6. Outra observação: desde 2006, dos quatro times caídos da Série A, jamais subiram dois ao mesmo tempo no ano seguinte. Agora, 2013, o Palmeiras já subiu. Será que o Sport quebrará o tabu?
Rumo ao G-4O momento de o Icasa se estabelecer entre os quatro melhores do grupo chegou. Agora ou nunca. O "V" da vitória, na expressão do técnico Sidney Moraes, tem tudo a ver com o momento vivido pelo clube na Série B nacional. O olhar dos times do Sul/Sudeste já é de muito respeito para com o Verdão. Ganhar do Boa Esporte é a ordem, mas sem perder de vista a realidade.