O gostinho bomO Icasa, embora por curto momento, sentiu o gostinho bom de estar no G-4 da Série B nacional. E já mostrou que ali pode se estabelecer de vez. Vejo no Verdão a capacidade de superar adversidades. Exemplos claros: há algum tempo perdeu Carlinhos, melhor lateral-esquerdo do estado; coisa recente, perdeu Tadeu, atacante que ampliou muito o índice de acerto nas conclusões. Mas nem por isso se deixou quedar pelas ausências deles. Ganhou do Figueirense (1 x 0). Colou no G-4. Na luta pela vaga terá briga direta com Sport e Avaí. Detalhe: o Avaí tem um jogo a menos. Isso pode complicar.
Estrela. Sidney Moraes, técnico do Icasa, ganha espaços na medida em que avança com o Verdão. Sabe superar problemas. Ele é simples, sem a pompa e a pose de alguns colegas. Faz trabalho muito bom. Não mais será surpresa se o Icasa subir para a Série A.
Fora
A esperança do Icasa está no bom retrospecto fora de casa onde ganhou do Paysandu, Sport, Chapecoense, Atlético/GO e América/MG. Como fará ainda três jogos fora (ABC, Bragantino e Paraná), exatamente aí poderá fazer a diferença. Boa expectativa.
Jogo a menos
Amanhã o Icasa atento aos concorrentes que tem um jogo a menos: Avaí e América/MG. O Avaí joga com o Atlético/GO em Goiânia; o América recebe o Paysandu em Minas. Tropeço de Avaí e América aumentará chances do Icasa.
"Nós erramos muito. Foram erros bobos. Num desses, o América/RN fez o gol. Ficou visível o nervosismo do nosso time".
Marcos Martins
Ala do Ceará
Análise
O técnico do Ceará, Sérgio Soares, manteve a calma após a derrota para o América/RN. Fez fria análise: "Desde quando cheguei, considero este jogo o de produção mais inferior. Quando não há sequência de passes não dá para progredir". Concordo. O Ceará esteve perdido. Exceto Fernando Henrique, os demais jogaram muito mal.
Infeliz
Mota, Ricardinho e Rogerinho tiveram desempenho irreconhecível. A expulsão de Mota foi um ato de extrema falta de profissionalismo. Não entendi o desespero do Ceará. Quando mais o time precisava de união, evidente ficou a desoneração da equipe. Assim se torna quase impossível a missão de chegar ao G-4.
Desunião
Pegou muito mal o desentendimento entre Rogerinho e João Marcos, ambos do Ceará, no jogo diante do América. O árbitro Guilherme Sereta de Lima (SP) poderia até ter tomado uma atitude mais forte que não apenas advertência. O bate-boca passou a imagem de desunião. O presidente Evandro Leitão e o técnico Sérgio Soares não pode ficar omissos nessa parte.