Coluna Tom Barros

Sonho distante

Após os resultados da 31ª rodada, mais complicada ficou a possível ascensão dos times cearenses à Série A. Icasa e Ceará estiverem colados no G-4. E passaram a impressão de que lá chegariam. Não chegaram. Na hora mesmo de ingressar no grupo privilegiado, titubearam. E cederam espaços justamente aos maiores concorrentes. Hoje, pelos números, ainda é possível; pelo futebol, nem tanto. Além disso, Chapecoense, Avaí e Paraná, que estão à frente dos nossos times, têm um jogo a menos. Icasa e Ceará dependerão de tropeços dos que os precedem na classificação.

Dor de cabeça

O técnico do Ceará, Sérgio Soares, em busca de soluções. Restou provado que, sem Rogerinho e Lulinha, o alvinegro perde em ritmo, toques e competência. Manter o padrão com a turma do banco, eis a questão.

É sina

Ceará e Fortaleza, de certa época para cá, ficaram conhecidos por salvarem a vida de times que estavam moribundos na zona de rebaixamento. Pois num é que o Icasa seguiu o mesmo caminho diante do São Caetano. Parece sina do futebol da gente. Incrível.

Sequência

Doeu a sequência de fracassos. O Ceará teve chances de chegar ao G-4 diante do Paraná e do Chapecoense: não chegou. O Icasa teve chance de chegar ao G-4 diante do São Caetano: não chegou. É frustração demais, gente.

"As coisas ficaram mais complicadas e difíceis. Mas ainda temos jogos em casa com Sport (3º) e Avaí (4º). Vamos lutar até o fim".

Diego Ivo
Zagueiro do Ceará, sobre as possibilidades alvinegras

Quase

Não tolero mais a palavra quase no futebol cearense. O time tal quase chegou lá. O jogador quase marcou. Faltou pouco. Foi por um triz que a bola não entrou. Por pouco, muito pouco mesmo, como dizia o saudoso Geraldo José de Almeida, um dos melhores narradores esportivos da televisão brasileira. Até quando vamos viver do quase?

Série A

Quem viveu a Série A nacional com o Fortaleza em 2003, 2005 E 2006 e com o Ceará em 2010 e 2011 não pode aceitá-los fora da elite. Discordo dos que afirmam que não temos estrutura para a Série A. E o Castelão? E as superlotações no Castelão? Se já estivemos lá cinco anos, basta um pouco mais de planejamento para voltarmos.

Faltou algo mais

Compreendi o técnico Icasa, Sidney Moraes, quando alertou contra a euforia exagerada. Queria o grupo longe da empolgação da torcida. Até aí, tudo bem. Mas o Verdão poderia ter sido um pouco mais ousado diante do São Caetano. Sei que o time sentiu o golpe de ter levado um gol no primeiro minuto de jogo. Mas houve tempo para a retomada.
 
Recordando

Na década de 1960, na turma em que eu cursava o ginásio no Liceu do Ceará, conheci colegas que depois atuaram no futebol e no rádio cearense. Anastácio de Souza era o nº 49 e eu o nº 48. Sentávamos lado a lado. As carteiras eram feitas para dois alunos. Anastácio, anos depois, já vitorioso publicitário, assumiria o comando da Rede Iracema de Rádio. Hoje, curte aposentadoria. Jadir Jucá, também colega de turma, teve ótimo momento no rádio cearense. Fazia programas musicais. Lembro dele na Rádio Dragão do Mar. Depois se afastou. Nunca mais soube notícias do Jadir. Wellington, como registrei com foto há alguns dias, optou pelo futebol. Brilhou no Ferroviário e no Ceará. Pensei revê-los no aniversário do Liceu (168 anos) sábado passado. Não deu.