Coluna Tom Barros

Inacreditável
Mais uma vez, duro golpe: Fortaleza eliminado em casa. E depois de obter 2 a 0, gols Waldison e Guaru. Mas em nenhum momento o Fortaleza foi senhor absoluto do jogo. O Sampaio sempre fustigou e criou chances com Lucas, Leandro e Cleitinho. Foi o recado para a fase final. Leão aceitou. O Sampaio quis jogo ao colocar o atacante Tiago. O Leão quis segurar ao colocar Joilson e não soube sair do aperto. O gol de Arlindo Maracanã gerou pânico (2 x 1). Ruan, sozinho, na reta final, ainda perdeu a chance de matar o jogo a favor do Leão. Aí veio a tragédia: Paulo Sérgio eliminou o Fortaleza.

Rei do acesso. O cearense Flávio Araújo já subiu o América/RN da C para a B em 2009 e o Sampaio da D para C em 2012. Agora pode subir o Sampaio para a B do próximo ano. Ontem, Flávio ganhou do Rei do Acesso, Luís Carlos Martins. Para um bom entendedor...

Raça
A classificação do Sampaio Correa foi justa. Não se intimidou nem perdeu a disposição para o combate ainda quando em desvantagem no placar (2 a 0). E observem que sofreu o primeiro gol logo aos dois minutos e de um pênalti que teve origem duvidosa.

Castigo
Não entendi as saídas de Assisinho e Guaru, justo quando o Sampaio dava espaços em busca do empate. Se o Leão tivesse vantagem de três gols já no final do jogo, tudo bem. E se queria segurar o resultado, por que não colocou Heleno?

"O jogo foi do goleiro deles. De nossa parte faltou um pouco mais de concentração. O goleiro deles foi nosso vilão. Veio só um pontinho"
Magno Alves
Atacante do Ceará, sobre o empate com o Paraná

O melhor
O jogo Ceará 1 x 1 Paraná foi um dos melhores do ano, já pelo caráter dramático que ganhou na fase final. Lances emocionantes. Apesar de ter esbarrado no paredão Luis Carlos, goleiro do Paraná, o Ceará mostrou mais uma vez seu toque de bola envolvente, superior. Não há hoje nenhum time da Série B com toques tão qualificados e rápidos como os do Ceará.

Dia do goleiro
Luis Carlos, iluminado goleiro do Paraná. Fez tudo certo. No agir, no reflexo, na antecipação, na saído do gol. Decididamente competência e sorte se juntaram ao goleiro visitante. Rápido como gato, Luis tirou de Mota todas as chances. E também fez milagres em conclusões de Magno e Lulinha. Luis Carlos, uma atuação impecável.

Dia do erro
Há muito não via Mota perder tantos gols como perdeu diante do Paraná. Sequência de finalizações onde lhe faltou o toque sutil que tira a bola do alcance do goleiro. Até quando concluiu melhor, a trave impediu o gol. Ele esmurrou o chão, irritou-se. Não adiantou. Que tenha melhor concentração para, nos próximos jogos, poder aproveitar todas as chances.

Recordando. Ontem estive conversando com meus queridos vizinhos José Mário e Luciano Machado que vieram do Rio e de Brasília. Considero Zé Mario e Luciano como meus irmãos já pela vizinhança de mais de cinquenta anos de Gentilândia (nossas casas são conjugadas). Nunca esqueci: em 1958, meu pai, seu Victor, e o pai deles e da Márcia, Mário Machado, juntos ouviram pelo rádio a final da Copa do Mundo em que o Brasil aplicou 5 a 2 na Suécia e foi campeão. Em 1959, Zé Mario, excelente lateral-direito, foi campeão cearense pelo Fortaleza. O bolo de seu aniversário foi confeitado com motivações tricolores e um retrato seu com a camisa de campeão pelo Fortaleza. Agora eles vão vender a casa. Estou com o coração partido. Quisera poder comprá-la. Sinto ir embora gente do meu melhor bem-querer. Que saudade danada!