Coluna Tom Barros

A turma da frente

O Palmeiras ninguém alcança mais. Abriu margem que lhe permite até alguns tropeços como empatar com o América/RN em pleno Pacaembu. Mas a derrota do Chapecoense, o empate do Joinville e tropeço do Icasa permitiram ao Ceará seguir sonhando com a Série A, apesar da derrota alvinegra cearense diante do Figueirense. O Icasa está melhor porque, se ganhar do Ceará e Sport e Joinville empatarem amanhã, o G-4 já estará novamente ao seu alcance na próxima rodada. Quanto ao Ceará, dependerá de uma série de resultados para chegar lá. Terá de ralar bem mais.

O Reencontro de Assisinho com o gol aconteceu no momento certo. Seu último gol fora marcado na 11ª rodada. E já se falava em jejum. Aí a resposta do artilheiro da C veio no gol em que sua esperteza e a rapidez fizeram a diferença.

Recordando. Hoje cuido de lembrar de árbitros que trabalharam no futebol cearense há algumas décadas. Nomes famosos como Raimundo da Cunha Rola (popular Rolinha), Pierre Neto, José Tosta (grande árbitro e posteriormente crítico de arbitragem), Jombrega (também jogador e técnico) Valdizar Reis, Alzir Brilhante (formador de gerações de árbitros), Harry da Costa Ramos, José Cavalcante, Abdon dos Santos, Ricardo Bonadies, Vicente Trajano (foi também jogador e técnico), Louralber Monteiro, Leandro Serpa, Gilberto Ferreira e Joaquim Gregório. Mais recentemente, Dacildo Mourão. Foram pessoas que, com acertos e erros, ouvindo elogios e palavrões, buscaram cumprir bem os seus papéis.

Detalhes

Do atual G-4, o Ceará só perdeu uma. Empatou com o Palmeiras aqui (2 x 2), ganhou do Chapecoense no Castelão (3 x 1), perdeu do Paraná em Curitiba (3 x 0) e empatou com o Joinville lá (1 x 1). O Ceará tropeçou mais diante de times da faixa intermediária.

Do G-4

O Ceará voltará a jogar com o Paraná no dia 12 de outubro no Castelão, com o Chapecoense no dia 15 de outubro em Chapecó, com o Palmeiras no dia 23 de novembro em São Paulo e com o Joinville no dia 30 de novembro no Castelão.

"Senti emoção muito forte. É difícil acertar um gol de fora da área. E tive sorte, pois a bola ainda resvalou num zagueiro".

Eduardo Luís
Zagueiro do Fortaleza, autor do golaço da vitória sobre o Luverdense

Desafios finais

A vitória sobre o Luverdense deu moral ao grupo para encarar os dois últimos compromissos contra Cuiabá e Sampaio Correa. Mas cabe uma advertência: o time não pode perder o controle emocional. Diante do Luverdense, Esley tomou um cartão totalmente evitável. Problema não foi reclamar, mas a forma como reclamou.

Provocações

É preciso o grupo entender que em jogos decisivos as provocações são direcionadas propositadamente aos mais irritados. Os adversários conhecem o temperamento dos que logo perdem o controle. Assim fica fácil concentrar a provocação. Expulsão de campo em jogo assim, decisivo, é sinônimo de derrota.

O drama

Rinaldo, ídolo do Fortaleza, inclusive autor do gol do título de 2007 sobre o Icasa, enfrenta dificuldades. Contundiu-se quando estava no Guarany/S e não recebeu apoio do Bugre. Rinaldo gastou parte de suas reservas no tratamento. Por isso aciona na Justiça o Bugre. Quem tem dado total apoio a Rinaldo é o Fortaleza por decisão do presidente Osmar Baquit.