Fiz uma espécie de inventário do que vi de bom na Série A relativo à metade já concluída da competição. Lances soltos que ficaram na minha retina como algo especial. Como apagar a precisão do golaço de Arrascaeta, de bicicleta, que entrou para o rol dos mais bonitos da história do Castelão? Como apagar da retina o golaço olímpico, de Leandro Carvalho, o que decretou o empate do Ceará na Arena Corinthians, após o Vozão estar perdendo por 2 a 0? Como apagar da retina a reação do Fortaleza, que foi buscar o empate na Vila Belmiro após sofrer 3 a 0 do Santos no primeiro tempo? São esses instantes mágicos do futebol que produzem a satisfação dos desportistas. Lances que pagam o ingresso ou ficam acima do valor pago pelo torcedor. O Flamengo fez jogos bonitos, que entusiasmaram a sua torcida. O André Ribeiro, flamenguista que exagera tudo, já pensa em novo título mundial, antes mesmo de passar pela Libertadores da América. Calma, amigo. Houve outras coisas boas, mas não fixei na memória razão por que fiz referência apenas àquelas que mais chamaram para si a minha atenção. Agora é esperar para ver que coisas boas acontecerão no returno.
Esperança
O Ceará, para alcançar melhores resultados, terá necessariamente de contar com o reencontro de Lima e seu melhor futebol. Sim, aquela qualidade que o fez referência quando daqui saiu na primeira passagem. Naquela ocasião o Vozão era Lima e mais dez.
Expectativa
No Fortaleza, Matheus Alessandro e Matheus Vargas em situações diferentes. O primeiro já teve algumas oportunidades mais definidas, mas precisa evoluir para ganhar espaço e alcançar a afirmação. Matheus Vargas, pelo contrário, teve apenas 18 minutos para mostrar serviço. No returno, o Leão dependerá muito do futebol a ser mostrado pelos dois. A cobrança virá muito forte.
Dupla
No Ceará, os atacantes Fellipe Cardoso e Bergson certamente passarão por pressão, caso não consigam evoluir. No returno, a necessidade de gols implicará na cobrança dos principais responsáveis por essa missão. Cardoso já mostrou lampejos que animam, mas a oscilação gera incertezas. Bergson teve menos oportunidades, mas também será cobrado.
Prudência deve ser o norte do Fortaleza neste desafio diante do Palmeiras. Nada de aventuras como foi no jogo em São Paulo, quando Rogério Ceni pagou caro por sua ousadia de colocar quatro atacantes. No fim, goleada palmeirense (4 x 0). Então não há motivo para o Leão tropeçar na mesma pedra. Prudência, sem covardia.
Análise correta fez o atacante Bergson, do Ceará, sobre o jogo em Maceió. Mostrou que a goleada aplicada pelo Ceará no CSA (4 x 0) fez parte de uma situação diferente da atual. Hoje, o CSA está no embalo de ótimos resultados. Reação que tem por objetivo sair da zona maldita, tipo a do Ceará no ano passado sob o comando de Lisca.