Cinco substituições por jogo vira pelada na areia

A Fifa há se mantido ao longo dos anos muito refratária a mudanças nas regras do futebol. Entretanto, de certa época para cá, mediante resoluções, tem feito alterações que, de certo modo, levam a interpretações que não deixam de representar significativas mudanças. Cito, por exemplo, o VAR e as formas de interpretar se o lance foi pênalti ou não. Agora mesmo, de forma emergencial, será possível cada equipe promover cinco substituições por jogo. Um exagero no meu modo de entender, mas aceitável pelas circunstâncias especiais por que passa o mundo. Quase meio time poderá ser trocado pelo treinador. Isso terá profunda influência na produção dos competidores. Quem estiver mais preparado fisicamente poderá tirar disso o melhor proveito. Mais ainda quem tiver banco mais qualificado. Os times de elenco limitado ficarão em terrível desvantagem. Como sempre, modificações dessa natureza tendem a favorecer os que já são mais aquinhoados. Só espero que situação assim seja extinta quando, mediante o surgimento de vacinas, passar a crise mundial do coronavírus.  Se depois persistirem com cinco substituições, virará pelada da pracinha da Gentilândia.

Rigor

Na FIFA é assim: ou oito ou oitenta. Na Copa do Mundo de 1958, se o jogador se contundisse, não podia ser substituído. O time que tivesse um atleta contundido, sem possibilidade de continuar mesmo, ficaria desfalcado. Na semifinal, o Brasil ganhou da França (5 x 2). Jonquet, contundido, não voltou para a fase final. A França ficou com dez jogadores até o fim.

Pelé

Na Copa de 1962, foi a vez de o Brasil ser prejudicado por não poder fazer substituições. No segundo jogo o Brasil enfrentou a Tchecoslováquia. Pelé sofreu séria contusão. Como não poderia ser substituído, permaneceu em campo só fazendo número. A FIFA, no seu rigor, não admitia mudanças na equipe. Pelé não mais jogou nessa Copa.

Entrevistas

Que bom ver no programa A Grande Jogada (TV Diário) o fisiologista do Fortaleza Edson Palomares e o fisiologista do Ceará, Giovanni Ramirez. Explanação perfeita sobre a preparação física dos atletas nestes tempos de coronavírus. Tenho por ambos o maior respeito e admiração. Além de profissionais competentes, duas pessoas muito atenciosas.

Dia 28 de agosto de 1949. Jogo XV de Novembro 2 x 2 Santos. Estádio Roberto Gomes Pedrosa. Campeonato Paulista. Aos 40 minutos da fase final, Russo (do XV) cobrou falta perto da bandeira de escanteio. A bola subiu muito alto. Quando a bola desceu, o próprio Russo fez de cabeça o gol. 

O árbitro inglês, Percy Snape, não prestou atenção que tinha sido o mesmo jogador que cobrara a falta e, de cabeça, marcara o gol. Embora tenha havido a irregularidade de dois toques, Percy validou o gol. O pesquisador Eugênio Fonseca me mandou a súmula oficial.



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