Às vésperas de mais um título mundial

O Flamengo, maior clube de massa do Brasil, está próximo de mais uma fabulosa conquista: a de bicampeão do Mundial de Clubes. No Brasil o Santos, de Pelé, conseguiu tal façanha, mas com uma diferença: o bicampeonato santista foi seguido, ou seja, em 1962 (derrotou o Benfica em Lisboa) e em 1963 (derrotou o Milan da Itália). Detalhe: na decisão do título de 1963, no Maracanã, o público pagante foi de 120.421 pessoas.

O bicampeonato do São Paulo também foi seguido: 1992 e 1993. Mas o Tricolor Paulista foi mais longe: ganhou o tricampeonato mundial em 2005. Vejo amplas as condições de o Flamengo sair vitorioso porque tem méritos para tal missão. Seu alto poder letal nas conclusões põe em pânico os adversários, que conseguem segurá-lo apenas por um tempo mediante marcação sob pressão. Na fase final, os marcadores cansam. Aí então o Flamengo engole o adversário, tal como fez com o River Plate, tal como fez com o Al-Hilal. E engole, de gole em gole, como quem degusta uma bebida muito saborosa. Neste sábado, o capítulo final dessa longa história. Ansiedade imensa da torcida rubro-negra às vésperas da grande decisão.

Marca

Quem primeiro chamou o Ceará de Vozão? Escuto isso há muitos anos. No princípio era apenas Vovô. Depois prevaleceu Vozão. O veterano locutor da TV Globo, Léo Batista, dava ênfase à palavra Vozão quando narrava. Mais recente, o também narrador da TV Globo, Luís Roberto, cuidou de também destacar a palavra Vozão nas transmissões globais.

Slogan

No Fortaleza, prevaleceu durante muito tempo o slogan "Time da Garotada". Outro slogan bem usado foi "Parque dos Campeonatos". Sei que três profissionais tiveram participação direta na criação dos slogans tricolores: José Raimundo Costa, Júlio Sales e Vicente Alencar. Solicito ao Vicente a definição do autor de cada slogan.

Simpático

Um slogan que pegou bem na década de 1970 foi "Aí é Ferrim, meu filho", criado pelo saudoso narrador Oliveira Ramos. Era uma forma carinhosa de tratar. Depois, alguns torcedores corais entenderam que Ferrim era depreciativo porque diminuía o time. Então repudiaram o simpático slogan. Acho que não era depreciativo, mas sim carinhoso.

Entendo que foi melhor o Fortaleza pegar logo um time como o Independiente da cidade de Avellaneda, Província de Buenos Aires. A promoção é maior. Os espaços na mídia darão mais destaque internacional ao Leão do que se tivesse de enfrentar um time de menor expressão. É encarar. Tem time para isso.

Quem não pode com o pote não pega na rodilha, diz antigo provérbio. Então errados estão os que ficam escolhendo adversários. Se você luta por vaga numa competição mais relevante, deve estar preparado para os desafios que ela tem. Então, fiquem para trás as descrenças. Pessimismo é doença contagiosa.