As prioridades do Ceará e do Fortaleza

Confira a coluna desta sexta-feira (21)

Legenda: Ceará e Fortaleza estão em competições importantes em 2023
Foto: THIAGO GADELHA

As diversas competições estão aí: copa disso, daquilo e daquilo outro. “Não tô nem vendo”, como diz o humorista Falcão. O negócio é o Campeonato Brasileiro. O resto é apêndice. O Fortaleza segue de olho na Série A. Não gostei da estreia do Leão. Empate em casa tem sentimento de derrota. O Ceará tem de encarar a Série B como se estivesse na Série A. A estreia do Vozão foi ruim. Jogou mal na derrota para o Ituano. Amenizou com a vitória sobre o Sport pela da Copa do Nordeste. O Fortaleza vai a Curitiba no domingo. Previsão de jogo duro diante do Coritiba no “Couto Pereira”. O Ceará optou pelo PVzinho de açúcar. Amanhã, recebe o Guarani-SP. O gramado do PV é muito melhor do que o gramado do Castelão. O PV não é padrão FIFA, mas é padrão Gentilândia. É bom. Como o Ceará foi derrotado na estreia, virou obrigação ganhar do Bugre aqui. Nem pensar em derrota. Até um empate trará mil fantasmas, todos gerados pelos temores do ano passado. Já no Leão de Aço, um empate será aceitável. Derrota, não. Nada de o Leão repetir a sequência rasteira da primeira fase da Série A de 2022. A Série A continuará sendo prioridade: no Fortaleza, para se manter e mirar a Libertadores; no Ceará, para subir.   

 

Otimistas e pessimistas 

 

Os otimistas entendem que a vitória sobre o Sport no primeiro jogo da decisão da Copa do Nordeste abriu boa margem favorável ao Vozão: basta o empate para o alvinegro ser campeão. Os pessimistas entendem que o gol sofrido pelo Ceará no último minuto recolocou o Sport na briga. Na Ilha do Retiro, o Sport, ao lado de sua torcida, terá boas chances para reverter a desvantagem. 

 

Ânimo 

 

O gol do Sport, que reduziu a vantagem alvinegra, deu aos pernambucanos ânimo novo. Agora basta uma vitória simples para levar a decisão aos pênaltis. Antes do gol sofrido no minuto final, o Ceará poderia no jogo de volta até perder por um gol de diferença. A vantagem seria muito grande. Agora, não. Realmente a vantagem alvinegra continua, mas mínima. E, não raro, enganadora. 

 

Lembrança 

 

No jogo de ida da decisão da Copa do Brasil de 2008 no Morumbi, o Corinthians estava ganhando do Sport por 3 a 0. A torcida do Corinthians já comemorava o título, pois dificilmente o Sport tiraria a diferença na Ilha. Aí, aos 46 minutos do segundo tempo, Enilton fez o gol do Sport (3 x 1). Carlinhos Bala, do Sport, numa entrevista após o jogo disse: “O gol do Enilton é o do título do Sport”. 

 

Explicação 

 

Carlinhos Bala explicou a sua declaração sobre o gol de Enilton. Se o Sport tivesse perdido por 3 a 0, não dava para tirar a diferença. Mas com a diferença de dois gols, tendo peso dois o gol fora de casa conforme o regulamento da época, daria, sim, para tirar a diferença. Resultado: o Sport ganhou em Recife por 2 a 0. Igualou o número de pontos. E o gol de Enilton (peso 2) deu o título ao Sport. 

 

Regulamento 

 

Ainda bem que não há mais o expediente do peso dois para o gol fora de casa. Assim, o Vozão manteve pelo menos a vantagem do empate. Essa vantagem é arriscada, caso o time que a detenha jogue apenas para mantê-la. Quem tenta segurar o empate geralmente se dá mal. O melhor que o Vozão fará, no meu entender, será jogar pela vitória mesmo.