As atuais fraudes no futebol brasileiro

Leia a coluna desta quinta-feira (18)

Legenda: As apostas esportivas são permitidas no Brasil desde 2018.
Foto: Shutterstock

Lamento quando os malfeitores passam a agir, manipulando resultados no Campeonato Brasileiro em suas diversas categorias. O bonito no esporte é a lisura. É vencer pelos meios lícitos, de acordo com os dispositivos legais. Mas agora está aí um novo escândalo, envolvendo atletas e agentes diversos, todos em busca de ganhos fáceis mediante fraudes, já detectadas pelas autoridades policiais. Não é a primeira vez que isso acontece. Lembram da “Máfia da Loteria”? A Polícia Federal apurou o caso. Na conclusão do levantamento, houve a confirmação do envolvimento de 125 pessoas. Lembram da “Máfia do Apito”?

Também houve a confirmação de tramoias no setor tido até então como intocável porque composto por senhores probos, jamais colocados sob qualquer suspeita. Mas é bom que fique bem claro: as fraudes não ficam apenas na manipulação de resultados. Quem usa dolosamente substância proibida também é um fraudador, mentiroso, enganador. Agora vem a pergunta final: no país da impunidade, que punição será aplicada aos atuais corruptos e corruptores? Ou tudo não passará de badalação semelhante às ações pirotécnicas das máfias anteriores? 

 

Impunidade 

 

Se não houver a exemplar punição dos culpados, estará pavimentado o caminho para novas investidas dos desonestos. Eles são incansáveis e ardilosos. São velhas raposas, sempre dispostas às práticas de ações criminosas, máxime quando encontram parceiros que atuam nas quatro linhas. Pior é que há quem se venda por alguns trocados. 

 

Todos os esportes 

 

Não é apenas no futebol que os escândalos acontecem. Em 2012, a Agência Mundial Antidoping confirmou a existência, na Rússia, de um esquema estatal de doping na preparação dos atletas que iriam disputar a Olimpíada de Londres. A Rússia foi banida da competição. Também a equipe de atletismo da Rússia, por motivo de doping, não participou da Olimpíada do Rio de Janeiro em 2016. 

 

Medalhas 

 

Na Olimpíada de Seul em 1988, o velocista canadense, Ben Johnson, assombrou o mundo ao ganhar a prova de 100m rasos com o tempo recorde de 9s79. Para espanto maior, 48 horas após o notável feito, Johnson teve a sua medalha cassada, pois o exame antidoping a que se submeteu deu positivo. De herói a vilão em apenas dois dias. 

 

Desmoralizados 

 

Observem, pois, como elementos sem caráter tentam burlar os dispositivos legais na busca de glória, fama e dinheiro. Outros, também sem caráter, se vendem em troca de valores mínimos que não levam a nada senão a ganhos que logo são diluídos. Lamentavelmente os desonestos atuam em toda parte. Ainda bem que são descobertos e desmoralizados. 

 

Lisura 

 

Felizes os que vencem sem a necessidade de apelar para os esquemas fraudulentos. Felizes os que alcançam o pódio pelos méritos de uma preparação limpa. Nenhum atleta brasileiro campeão do mundo foi acusado da prática de doping. As conquistas brasileiras, em todas as modalidades, sempre estiveram de acordo com a legislação. Um exemplo para o mundo.   

 

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