A morte do meu estimado amigo, Alan Neto, deixa um enorme vazio na crônica esportiva cearense. Aprendi a admirar seu estilo, desde os tempos em que ele atuava na Rádio Iracema de Fortaleza, onde o conheci no final da década de 1960. Ele sabia criar expectativas, prometendo notícias bombásticas, geralmente guardadas para a parte final dos programas.
O nosso relacionamento profissional foi marcado por recíproca admiração e profundo respeito. O Alan tinha por mim um carinho muito especial. Ele era chamado de “Príncipe”. E assim, não raro, eu o tratava. Um dia, ele, com seu jeito cortês, chamou-me de o “Fidalgo da Crônica”. Pegou. Muita gente ainda hoje cita essa frase quando se dirige à minha pessoa.
Por uma dessas coincidências do destino, eu assumi a coluna esportiva no Diário do Nordeste exatamente quando ele saiu. Passamos a ser concorrentes. E, por mais paradoxal que pareça, isso mais nos aproximou. Enfim, foram muitos anos atuando nos meios esportivos, nos mesmos locais, nos mesmos eventos.
Fica a lacuna. Fica a tristeza. Fica a saudade. Sua ausência será muita sentida. Alan Neto foi um dos maiores nomes da imprensa cearense. Deixa para a posteridade a marca de seu talento no jornal, no rádio e na televisão. Um legado que inclui o compromisso com a informação de primeira e com a verdade. Exemplo de vida. Missão cumprida. Guardarei dele as melhores recordações.
Obrigado, amigo.
Deus o receba na Mansão Celeste.